O Raspberry Pi é um minicomputador, semelhante ao PC ou notebook que você tem em casa ou no trabalho. A diferença é que este dispositivo é compacto e possui todos os principais componentes de um computador numa pequena placa do tamanho de um cartão de crédito.

O dispositivo foi criado no Reino Unido pela Fundação Raspberry Pi, uma organização sem fins lucrativos focada na promoção e no ensino de ciência da computação básica para jovens em escolas e universidades da Europa, com produtos de preço acessível.

A Fundação nasceu em 2006, quando um grupo de cientistas do Laboratório de Computação da Universidade de Cambridge, no Reino Unido começou a trabalhar em um microcomputador baseado no Atmel ATmega644 – que serviria de base para o Raspberry Pi.

O primeiro fruto desse projeto foi lançado em 2012. Chamado Raspberry Pi 1 Model B, ele custava US$ 25 e vinha com um System-on-a-Chip (SoC) da Broadcom, o BCM2835. Ou seja, na mesma placa vinham CPU, GPU, SDRAM, DSP e uma porta USB.

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Além disso, o primeiro Raspberry Pi tinha 256 MB de RAM e processador ARM single-core de 700 MHz. O armazenamento ficava por conta de uma entrada para cartão de memória que aceitava os formatos SD, MMC e SDIO.

Depois dele, foram lançados mais 15 versões diferentes do mesmo minicomputador, cada uma com uma leve diferença de especificação em relação à outra. Atualmente, no site da Fundação Raspberry Pi, estão à venda os seguintes modelos:

  • Raspberry Pi Zero

  • Raspberry Pi Zero W

  • Raspberry Pi 1 Model A+

  • Raspberry Pi 1 Model B+

  • Raspberry Pi 2 Model B

  • Raspberry Pi 3 Model B

  • Raspberry Pi 3 Model B+

  • Raspberry Pi 3 Model A+

Já o Compute Module é uma variação do Raspberry Pi que já vem com memória flash integrada à placa. O minicomputador, disponível em diversas opções de armazenamento, é especialmente destinado ao uso industrial.

Em termos de ficha técnica, o Raspberry Pi Zero é considerado o modelo mais básico de todos. Resumidamente, ele vem com as seguintes especificações:

  • CPU single-core de 1 GHz;

  • 512 MB de RAM;

  • 1 porta Mini HDMI;

  • 1 porta Micro USB OTG;

  • 1 porta de energia Micro USB.

Já o modelo mais avançado do momento é o Raspberry Pi 3 Model B+, que vem com a seguinte ficha técnica resumida:

  • Placa Broadcom BCM2837B0, com CPU Cortex-A53 (ARMv8) 64-bit de 1,4 GHz;

  • 1 GB de memória LPDDR2 SDRAM;

  • Wi-Fi de 2,4 GHz e 5 GHz IEEE 802.11.b/g/n/ac;

  • Bluetooth 4.2;

  • 1 porta USB 2.0 de Ethernet (velocidade máxima de 300 Mbps);

  • 1 porta HDMI;

  • 4 portas USB 2.0;

  • 1 porta CSI para câmera;

  • 1 porta DSI para monitor (suporte a touchscreen);

  • 4 conectores para saída de som estéreo e de vídeo;

  • 1 entrada para cartão Micro SD (para SO e armazenamento);

  • Conector de energia 5V/2.5A DC.

Para que serve o Raspberry Pi

O Raspberry Pi serve para quem quer montar um computador caseiro. Assim como um notebook e ou desktop, você pode conectar este minicomputador a um monitor, um teclado e um mouse e ele vai funcionar como um PC (quase) normal.

Dizemos “quase normal” porque ele é bem mais limitado do que um computador completo. Não pense que você pode usá-lo para rodar games de última geração ou programas de edição pesados, por exemplo. O Raspberry Pi é mais voltado à execução de tarefas básicas, como controlar um robô caseiro ou automatização de tarefas corriqueiras.

Apenas em 2019 foi possível instalar uma versão ARM (voltada a dispositivos móveis) do Windows 10 em um Raspberry Pi. Normalmente, estes minicomputadores rodam sistemas personalizados, baseados em Linux, feitos especificamente para a função à qual eles são destinados.

Uma das finalidades mais comuns dadas ao Raspberry Pi é a de um videogame retrô caseiro. Muita gente usa o minicomputador para instalar emuladores de consoles antigos e, assim, ter à sua disposição games de Super Nintendo, Mega Drive e outros na sua televisão moderna, com direito a controles Bluetooth.

Nós preparamos um tutorial em vídeo para te ensinar a fazer o seu próprio videogame retrô caseiro usando um Raspberry Pi.

Outras possíveis aplicações são na construção de uma central de mídia, projetos de IoT (Internet of Things, ou Internet das Coisas), de robótica e muitas outras. O limite é a sua criatividade (e o seu orçamento).

Como comprar um Raspberry Pi

Globalmente, você pode comprar um Raspberry Pi pelo site oficial da Fundação. Ao selecionar o modelo, você pode concluir a compra pela mesma página ou ser redirecionado para um dos revendedores oficiais.

No Brasil, o único revendedor oficial listado pela Fundação é a loja Filipeflop, que fica em Santa Catarina e entrega para todo o Brasil. Mas você pode procurar por marketplaces online, como o Mercado Livre, lojas que vendem modelos importados do aparelho.

Escolha bem qual modelo de Raspberry Pi você quer comparando as especificações, levando em conta o projeto ao qual ele será destinado. Na dúvida, vá até o site da fabricante e compare as fichas técnicas das diferentes versões antes de decidir qual você quer comprar.