Uber, Rappi, iFood e, agora, até os Correios. A estatal brasileira também planeja entrar no negócio de entregas compartilhadas, que está em franco crescimento e com uma concorrência cada vez maior, com um serviço focado apenas em encomendas. De acordo com a Folha de S. Paulo, o projeto, ainda em elaboração e sob sigilo, colocaria a empresa nacional em uma parceria societária com o setor privado.

Os Correios esperam que várias etapas sejam eliminadas com o novo sistema. Diferentemente da postagem convencional feita nas agências, a entrega compartilhada é realizada por colaboradores habilitados e não está sujeita às complicadas logísticas internas, gerando uma redução de custos. A definição de um modelo concreto, porém, ainda depende da finalização de alguns estudos técnicos e de viabilidade econômica.

Segundo a publicação, a estatal avalia se a parceria será feita com uma iniciativa já atuante no mercado ou com uma outra empresa de tecnologia, para criar um serviço novo. Fontes relatam ao jornal que tudo caminha para a criação de um modelo híbrido, que carrega a simplificação da entrega compartilhada e se beneficiando com o uso da força de trabalho e da infraestrutura da estatal, sem contratação de terceiros.

Como os Correios enxergam o negócio?

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A visão dentro da estatal é de que, se não firmarem o novo serviço, podem perder uma fatia importante do mercado. A necessidade de ampliar o leque de atividades da empresa passa também pelos números ruins registrados nos últimos anos.

Segundo a Folha, as entregas de cartas, telegramas e relacionados, das quais os Correios têm monopólio, caíram de 8,9 bilhões de unidades em 2012 para uma estimativa de 5,7 bilhões em 2018. Na postagem de encomendas, a estatal enfrenta a concorrência de gigantes do setor, como DHL e UPS.

A empresa passa por um processo de reestruturação, que inclui redução do número de agências físicas e enxugamento do quadro de empregados, hoje de cerca de 105 mil funcionários. Também está em estudo aliar o sistema a novas formas de coleta de encomendas, como a disposição de armários automatizados em shoppings e estações de trem e ônibus.

Fonte: Folha de S. Paulo