A solução nem parece tão tecnológica assim. Afinal, os gliders, ou planadores em português, são feitos de uma mistura de fibras de tecido e até de papelão. Outro detalhe é que eles não têm qualquer tipo de propulsão: precisam ser lançados a partir de outros aviões. Mas, no entanto, eles podem ser adotados pelo exército norte-americano como uma solução logística para distribuir mantimentos e equipamentos em regiões conflagradas. A explicação? Preço e tecnologia. Preço porque cada um desses gliders é muito barato, comparado com outros equipamentos usados hoje em dia. Cada um sai por cerca de 3 mil dólares. A tecnologia entra na condução. Eles podem ser controlados por rádio ou em alguns casos, até podem voar de modo autônomo, com um computador controlado o deslocamento até o destino pré-programado. Chama a atenção, também, o modo de pouso. Os gliders podem pousar na vertical, com a ajuda de um paraquedas, ou num pouso, digamos mais radical, caindo de bico no solo. A ponta é feita de papelão, o que atenua o impacto. E, no final, eles são mesmo pensados para serem descartáveis. Esses testes foram conduzidos no começo do ano, e a decisão do exército norte-americano sobre a incorporação ou não dos planadores à sua frota deve sair no segundo semestre.