A Genesis resolveu roubar os holofotes da Feira Internacional de Automóveis de Nova York pelo terceiro ano seguido. Na edição que acontece nessa semana, a companhia apresentou o modelo Mint, sua nova aposta no ramo dos veículos elétricos. Trata-se de um compacto de luxo inovador, com apenas dois assentos e um espaço interno de carga arrojado, feito para o cidadão urbano das classes mais altas e de interesses mais “modestos”, se é que esses dois atributos cabem na mesma frase.

Não é a primeira vez que a marca de luxo sul-coreana chama a atenção dessa forma. Em 2017, foi a apresentou o GV80, movido a células de hidrogênio; no ano passado, tivemos o Essentia, um hipercarro elétrico que, muito provavelmente, ficará marcado na história como um conceito e nada mais. Agora o carro-chefe é o compacto Mint, com seu sistema de abertura “em tesoura” das portas traseiras e um interior todo revestido de couro, lembrando muito bem um Bugatti dos anos 30.

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“O luxo não tem tamanho”, afirma Manfred Fitzgerald, diretor da Genesis Motors, a Arstechnica. “Mesmo um carro pequeno, com um espaço confinado, pode parecer luxuoso. Apesar das pistas estéticas, eu acho que ele também tem muitas características práticas, como as aberturas laterais para guardar suas coisas. Além disso, a simplicidade do interior, os traços finos e o minimalismo, a volta ao essencial, completam o seu conceito”. O designer da Genesis, Sangyup Lee, concorda: “Tradicionalmente, o tamanho é importante em carros de luxo. Mas a questão para nós mesmos era: ‘Se você mora em uma cidade como Nova York, o tamanho é relevante?'”, declarou à Ars. 

No Mint, o compartimento de cargas é acessado através de um par de portas de abertura lateral – o que, além de praticidade, confere um visual bem inovador. “As portas em tesoura se abrem dos lados para que você possa pegar facilmente suas coisas na área de carga”, garante Lee. Atrás dos dois assentos, uma rede elástica tem a função de proteger a bagagem.

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Reprodução

A cabine é uma revolução à parte. O assento do banco volta um pouco para trás quando a porta é aberta para te ajudar a entrar no carro. O painel do motorista, por sua vez, é embutido no volante, com três pequenas telas circulares de cada lado para demais controles. Para iniciar o Mint, basta girar o seletor de movimentação esférico em seu eixo – se o carro estiver desligado, o lado metálico do seletor fica para cima; se estiver ligado, a parte de cristal fica elevada. Os pedais e o apoio para os pés usam o design Matrix da Genesis e couro, para dar um toque especial de luxo.

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Não existe nenhuma especificação técnica real para o Mint, mas isso não descarta uma versão que chegará ao público final. Fitzgerald garante, com entusiasmo, que a intenção é levar o veículo ao mercado praticamente do jeito que ele foi apresentado em Nova York. “Eu definitivamente vou lutar por isso. Eu não sei se vou ganhar, mas vou batalhar para vê-lo nas ruas do jeito que ele está hoje.”

Fonte: Arstechnica

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