A luta por igualdade de gênero já é algo global e cada vez mais a presença de mulheres é cobrada nos ambientes, pricipalmente de trabalho. Entretanto, no Brasil, o mercado envolvendo empresas de tecnologia não tem a presença feminina como algo a ser destacado. Cerca de 40% das mulheres no setor sentem que as empresas em que trabalham não as valorizam muito nas equipes, segundo uma pesquisa feita pelo Booking.com. Além disso, a maioria aponta que sente que estratégias de RH não estão conseguindo apoiá-las.

“Encontrar talentos e apoiar mulheres que já possuem as habilidades, o conhecimento e a expertise na indústria é fundamental para alcançar uma maior diversidade no mercado de empregos tecnológicos”, aponta Gillian Tans, diretora executiva da Booking.com.

A pesquisa entrevistou 6.898 colaboradores do Brasil, Reino Unido, Estados Unidos, França, Holanda, Alemanha, China, Austrália, Índia e Espanha, entre agosto e setembro de 2018. Segundo ela, na última década foi notado um progresso que mostra essa área se tornando algo mais sensível as questões de gênero. “As corporações que priorizam a inclusão em todos os níveis, além de incentivar novas habilidades, continuarão crescendo e prosperando”, revela Tans.

As necessidades femininas muitas vezes acabam se diferenciando e solicitam um outro tipo de tratamento diante de certas questões. Foi constatado que 57% das tecnólogas brasileiras interrompem suas carreiras em algum momento e depois retornam ao mercado. O estudo sugere que os empregadores devem fazer mais para apoiar aqueles que precisam se afastar.

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Entre as iniciativas citadas são as que partem dos Recursos Humanos e buscam, após um período de afastamento, requalificar e orientar melhor na hora do retorno a vida profissional. Cerca de 75% das pessoas que participaram consideram isso algo essencial por parte da empresa. Ainda, 61% disseram que ter acesso a uma tutoria ao retornar ao trabalho contribuiu significativamente para o sucesso de suas carreiras.

“O que nossa pesquisa nos diz é que o mercado de tecnologia precisa trabalhar mais de perto para alinhar estratégias que incentivem as mulheres a seguir uma carreira no campo”, conclui Tans.

 

Via: ZDNet