Em fevereiro, a NASA divulgou imagens mais claras do “Ultima Thule”- o objeto próximo ao Cinturão de Kuiper, do qual a sonda New Horizon aproximou-se. Essas informações fazem dele o corpo celeste mais distante que já observamos e, agora, a agência espacial norte-americana nos dá mais dados sobre este elemento, remanescente de uma época em que os planetas do nosso Sistema Solar ainda estavam em formação.

O artigo, publicado na revista Science, contém informações sobre o desenvolvimento, geologia e composição do astro. Como a NASA disse anteriormente, o Ultima Thule tem dois lóbulos, parecido com o formato de um boneco de neve, embora na verdade seja achatado como uma panqueca. Esses dois lobúlos parecem ter se formado perto um do outro antes de se tornarem um par orbital, que acabou se fundindo. O maior mede aproximadamente 22 x 20 x 7 km², enquanto o menor mede cerca de 14 x 14 x 10 km².

Além disso, o Ultima Thule é muito vermelho. É muito mais vermelho que Plutão e é, na verdade, o objeto mais vermelho que a New Horizons visitou. Embora a equipe ainda não tenha 100% de certeza, eles acreditam que a vermelhidão é resultado da modificação dos materiais orgânicos em sua superfície.

O Ultima Thule rotaciona em volta do seu próprio eixo a cada 15,92 horas. Suas partes mais brilhantes estão no local de conexão entre os dois lóbulos. Ele tem dois pontos brilhantes dentro de algo semelhante a uma cratera. Aliás, ele não possui muitas crateras pequenas, portanto os objetos encontrados por lá não devem ter menos que 1km². 

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A publicação também disse que a New Horizons não encontrou nenhuma evidência de satélites, anéis ou atmosfera ao redor do objeto. A sonda continuará transmitindo imagens do “boneco de neve” no espaço até 2020.

Via: Engadget