As vendas do smartphone V50 ThinQ 5G, da LG, estão em risco depois que alguns pontos do contrato de renovação de licenciamento de chips com a Qualcomm não foram atendidos. A fabricante de chips foi condenada por práticas antitruste nos Estados Unidos, mas pede por revogação da decisão. Enquanto isso, a empresa sul-coreana está se opondo a suspensão dessa condenação. 

A LG disse que está negociando acordos de fornecimento de chips e licenças de patentes com a Qualcomm e pode ser forçada a assinar outro acordo, a seu ver, injusto, a menos que as proteções de um juiz federal permaneçam em vigor.

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A decisão antitruste do mês passado concluiu que a Qualcomm cobrava taxas “onerosas” das empresas que desejavam usar suas patentes. A juíza Lucy Koh também determinou que a companhia norte-americana precisa assinar novos contratos de licenciamento de patentes sem os termos considerados agressivos. Em 28 de maio, a fabricante de chips pediu para Koh anular a decisão. 

Jong Sang Lee, conselheiro geral da LG Electronics, disse que confia na Qualcomm para produzir seus chips , incluindo os 5G. Contudo, a norte-americana continua pressionando a empresa sul-coreana a assinar uma licença de patente que não condiz com os termos de Koh. 

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O acordo da LG Electronics com a Qualcomm termina no dia 30 de junho e a fabricante de celulares pode não ter outra opção, senão assinar novos contratos de licença e fornecimento de chipsets novamente. O problema é que isso seria feito nos termos da norte-americana. 

Não está claro quando este impasse chegará ao fim, mas a LG está certamente em uma situação ruim. Se a batalha judicial não for resolvida em breve, a fabricante sul-coreana será forçada a atrasar o lançamento do  V50 ThinQ e, potencialmente, de outros dispositivos compatíveis com o 5G.

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Um analista disse à Reuters que os negócios de telefonia móvel da LG podem sofrer danos “catastróficos” se um acordo não for alcançado. Isso pode atingit até mesmo os dispositivos 4G da companhia, que formam a maior parte de suas remessas de smartphones. 


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Fonte: Reuters