Máquinas que imitam as funções dos cérebros humanos estão evoluindo cada vez mais. Esse campo de estudos vem progredindo rapidamente desde seu surgimento na década de 1980, e agora a Intel anunciou um novo sistema que imita algumas funções do cérebro humano e que possui uma impressionante capacidade de processamento de informações.

O projeto, que recebeu o nome de Pohoiki Beach, integra 64 “processadores neuromórficos” de codinome Loihi. Cada chip tem o equivalente a 130 mil neurõnios, equivalente a “meio cérebro” de uma mosca das frutas, e o sistema inteiro equivale a 8 milhões de neurônios, capacidade similar à de um peixe-zebra ou “paulistinha”. É um valor ainda longe dos 86 bilhões de neurônios de um cérebro humano, mesmo assim, são números impressionantes.

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Rich Uhlig, diretor administrativo do Intel Lab, disse que os envolvidos no projeto estão bastante impressionados com os resultados obtidos até o momento, e que essa tecnologia vai servir para facilitar a resolução de questões complexas de computação. Esse pode ser um grande passo para a melhoria nos sistemas de Inteligência Artificial. 

O fluxo de trabalho desse equipamento é otimizado para tarefas específicas. O reconhecimento de objetos é talvez a tarefa mais amplamente realizada, e é onde as redes do Pohoiki Beach se destacam por se assemelharem a alguns processos de cérebros orgânicos. Outros exemplos do que o sistema pode fazer por conta própria seria jogar pebolim, adicionar inteligência cinestésica a próteses de membros e até mesmo entender o toque da pele de maneira similar a um humano ou animal.

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O Pohoiki Beach parece ser a segunda etapa no processo de desenvolvimento da Intel. O próximo passo a ser conquistado pela empresa é uma integração maior de chips Loihi, que será batizada de Pohoiki Springs e tem previsão de lançamento ainda para este ano.

Esse projeto ainda está em fase de pesquisas, mas este e outros projetos semelhantes de concorrentes como IBM e Samsung devem abrir caminho para aprimoramentos mais rápidos da tecnologia e até mesmo seu uso comercial.

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Via: ARS Technica