O milinário norte-americano John McAfee não é avesso a confusões rocambolescas, que mais parecem roteiros de filmes de Hollywood. Em 2012 ele foi preso em sua residência em Belize, na América Central sob a acusação de fabricação de drogas e posse de uma arma sem licença. Solto, meses depois ele começou a ser procurado pela polícia do país sob suspeita de envolvimento no assassinato de um vizinho. McAfee então realizou uma fuga cinematográfica pela América Central, passando pela Guatemala, onde foi acusado de entrar ilegalmente no país, até retornar aos EUA em 2013.

Nesta semana, McAfee foi detido pelo exército da República Dominicana enquanto atracava seu barco na cidade de Puerto Plata. As autoridades afirmaram ter encontrado, dentro do barco, armas de grosso calibre, munição e equipamento militar. Dias antes, McAfee havia tuitado uma foto feita no mesmo barco, na qual ele e a esposa aparecem segurando armas.

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O ex-executivo parece não ter se preocupado com a prisão. Usando um celular contrabandeado, ele tirou fotos de sua ‘estadia’ na cadeia. Em uma delas aparece sorridente, sem camisa, sentado em um beliche. Em outra, está abraçado a um outro detento.

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Candidado à presidência dos EUA em 2020, McAfee ficou quatro dias preso e diz que foi ‘bem tratado’. Enquanto esteve na cadeia, sua conta no Twitter foi operada por seu coordenador de campanha, Rob Benedicto Pacifico Juan Maria Loggia-Ramirez, que fez uma ameaça: o ex-executivo teria entregue a pessoas confiáveis pendrives com informações que exporiam a corrupção do governo dos EUA, e que seriam divulgadas se ele não fizesse contato nos próximos dias.

McAfee fez fortuna quanto fundou a McAfee Associates em 1987, que produzia o McAfee anti-vírus, um dos mais softwares pioneiros, e um dos mais populares, em sua categoria durante muitos anos. O executivo deixou a empresa em 1994, mas ela e seus produtos continuaram a levar o seu nome.

Fonte: CNet