A China está apostando em uma Inteligência Artificial (IA) chamada Squirrel para ensinar diferentes matérias aos alunos em suas escolas. A ideia é que a tecnologia funcione como um tutor particular e trabalhe em áreas nas quais o aluno apresenta dificuldades. O MIT Technology Review publicou reportagem que mostra como Zhou Yi, um estudante chinês, foi capaz de, em dois anos, passar de um resultado de 50% de acerto nos testes para 85%.

A sala na qual Zhou Yi estuda é quieta. O professor e os alunos ficam atrás de computadores, alguns estudam inglês e outros matemática. Apenas quando a tecnologia encontra dificuldade para resolver alguma questão o professor se levanta e se dirige ao estudante. 

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Uma das vantagens da IA é a oferta de um ensino detalhado e individual. Enquanto professores não conseguem dar atenção especial para cada aluno, a tecnologia trabalha visando necessidades personalizadas de um único estudante.

Além disso, para cada curso que oferece, a equipe de engenharia do Squirrel trabalha com um grupo de mestres para subdividir o assunto nas menores peças conceituais possíveis. A matemática do ensino médio, por exemplo, é dividida em mais de 10.000 elementos atômicos, ou ‘pontos de conhecimento’ (como números racionais, propriedades de um triângulo e teorema de Pitágoras). O objetivo é diagnosticar as lacunas de compreensão de um aluno da maneira mais precisa possível.

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Em comparação, um livro didático pode dividir o mesmo assunto em 3.000 pontos; O ALEKS, uma plataforma adaptativa de aprendizado desenvolvida pela McGraw-Hill, sediada nos Estados Unidos, que inspirou o Squirrel, o divide em cerca de 1.000.

Se o experimento tiver sucesso na China, deve afetar toda a educação mundial. Muitos empresários, como Mark Zuckerberg e Bill Gates já vêm o mercado educacional como uma área lucrativa para investimento. O Squirrel é apenas uma das plataformas a oferecer isso no momento.

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Derek Li, fundador do Squirrel, garante que a IA é o próximo passo para melhorar a educação. O projeto teve facilidade para iniciar na China principalmente por causa do incentivo financeiro do governo e da competitividade na educação. Mas se o sucesso for comprovado, poderíamos estar olhando para o futuro do ensino.

‘Em três horas, entendemos melhor os alunos do que em três anos com os melhores professores’, afirma Li.

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Fonte: MIT Technology Review