A usina nuclear flutuante Akademik Lomosonov fará sua primeira viagem nesta sexta-feira (23). O navio sai da cidade de Murmansk, no noroeste da Rússia, rumo à costa de Chukotka, do outro lado do Ártico, quase no Alasca. A embarcação foi produzida em 2018, mas só agora está totalmente equipada para operação normal.

O principal objetivo da viagem é levar energia para áreas remotas e pouco povoadas, como a costa de Chukotka. A usina ficará responsável por abastecer uma região portuária e plataformas de petróleo. Segundo Ruptly Dmitry Alekseenko, diretor na empresa Rosenergoatom, responsável pela geradora de energia, estas regiões de seu país (Rússia) não possuem fácil acesso para construções convencionais.

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Problemas com ambientalistas

O GreenPeace faz duras críticas à usina, chegando a apelidar o navio de “Chernobyl Flutuante” e “Titanic nuclear”. “Reatores nucleares flutuando no Oceano Ártico representam de maneira explícita uma ameaça óbvia a um ambiente frágil que já está sob enorme pressão pelas mudanças climáticas”, disse o especialista em energia nuclear do Greenpeace no leste da Europa, Jan Haverkamp.

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O especialista ainda comentou que a atuação da usina em águas rasas torna ela vulnerável a tsunamis e ciclones, principalmente devido ao casco chato no fundo e à falta de propulsão. Alekseenko, porém, discordou das afirmações de Haverkamp. “Não pode haver contaminação por óleo. O combustível não é usado no meio ambiente. Tudo fica dentro do navio, nada vai para fora”.

Via: G1