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Ad Astra, novo filme estrelado e produzido por Brad Pitt, teve pré-estreia nesta quinta-feira (29) no 76º Festival de Veneza, onde compete pelo Leão de Ouro. Na mídia brasileira, o filme de ficção científica ganha destaque por ter participação brasileira, da RT Features, na produção, e por ter Pitt no elenco. Liv Tyler também está no longa, mas já não é tão famosa quanto nos anos 1990 e começo dos anos 2000, quando era símbolo sexual. O sempre competente, mas nunca considerado chamariz, Tommy Lee Jones completa o elenco principal.
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A estrela, contudo, não é Pitt ou a coprodução brasileira, é outra. A assinatura do filme é de um dos maiores diretores do cinema contemporâneo: James Gray. Após Z – A Cidade Perdida (2016), Gray resolve entrar no terreno da ficção científica e fez, segundo os críticos mais entusiasmados, o 2001 – Uma Odisséia no Espaço da nova era.
O filme tem estreia marcada nos cinemas brasileiros para 19 de setembro. Se cada filme em competição for o melhor que poderia ser de acordo com os currículos dos diretores, o Leão de Ouro já seria de Gray, não teria nem papo. Embora Robert Guédiguian, com Gloria Mundi, Roy Andersson com About Endlessness (belo título, aliás), Hirokazu Kore-eda com The Truth e Roman Polanski com J’Accuse (se for mesmo exibido em competição, pois a escalação do filme está dando o que falar), além de algum outro diretor menos cotado, tenham alguma chance caso estejam no melhor de sua forma e James Gray não esteja nos melhores dias, o que não é fácil.
Gray é um dos diretores mais inteligentes dos últimos 20 anos, e um brilhante encenador. Seu trabalho com a máfia russa num registro que tende ao melodrama familiar, em filmes como Fuga para Odessa (1994), Caminho Sem Volta (2000) e Os Donos da Noite (2007), é responsável por seu estatuto de autor, confirmado com os excelentes Amantes (2008), Era Uma Vez em Nova York (2013) e o já mencionado Z.
Ad Astra pode ser o filme mais bem sucedido de Gray na sua ambição de realizar uma obra autoral de sucesso, que reverbere questões e críticas ao mundo atual ao mesmo tempo em que forneça entretenimento de grande qualidade para vários tipos de público. Uma raridade, que poucos são capazes de fazer.