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Em 1988, Tom Holland resolve voltar ao subgênero que o consagrou, o terror irônico de A Hora do Espanto (1985), sua estreia na direção, após o fracasso de sua comédia de ação com Whoopi Goldberg, Beleza Fatal (1987). Realiza, então, O Brinquedo Assassino, com o boneco Chucky revelando-se um assassino de primeira, com inteligência suficiente para elaborar os mais perversos crimes.
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Só que aquele Chucky tosco tinha seu charme nos anos 1980, mas não funcionaria hoje. Tanto que os filmes que se seguiram investiam no humor, estando muito mais para o terrir do que para o horror de fato, com destaque para o hilário – e mal visto, porque visto com os preconceitos de sempre – O Filho de Chucky (2004).
O Chucky atual é high-tech, uma criança eletrônica que fala (com a voz de Mark Hamill metalizada), expressa emoções e precisa de um freio para seus impulsos, um protocolo de segurança que um funcionário mal tratado e mal remunerado tratou de retirar, de uma das peças. Essa peça vai parar nas mãos de Andy, e torna-se o executor dos impulsos secretos de seu “melhor amigo”. Assim, se Andy detesta o namorado de sua mãe, Chucky vai lá e dá um jeito nessa pulsão.
Como costumava acontecer nos filmes da série original, e em diversos outros de horror, no novo O Brinquedo Assassino, dirigido por Lars Krevberg, quando o brinquedo se torna assassino de fato a história fica mais frouxa, porque o que importa não é tanto a estruturação narrativa, mas as possibilidades de assassinatos elaborados pelo boneco “gênio do crime”. Nesse sentido, tudo leva ao conflito final, em que Andy e seus novos amigos terão de conter a fúria eletrônica do mal.
Não sei se foi proposital, mas o novo Chucky tem a cara e algumas feições do ator Christopher Walken, um dos mais carismáticos de Hollywood. Não seria descabido num filme que resgata o tipo de ironia que sempre caiu bem no gênero.