O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, se opôs ao lançamento de uma criptomoeda própria da empresa, afirmando que companhias não deveriam tentar ganhar poder estabelecendo moedas concorrentes.

Três meses atrás, o Facebook anunciou planos de lançar uma moeda digital em junho de 2020 junto com outros membros da Libra Association, que irá gerenciar o projeto, a Facebook Libra. Quando perguntando se a Apple iria seguir o exemplo, o presidente-executivo contou ao jornal Les Echos que este plano não estava na agenda da empresa.

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Nas palavras de Cook, “eu realmente acho que uma moeda deveria ficar nas mãos dos países, eu não me sinto confortável com a ideia de um grupo privado configurar uma moeda concorrente. Uma empresa privada não deveria tentar aumentar seu poder desta maneira”, afirmou.

A tentativa do Facebook de incluir criptomoedas encontrou como resposta um ceticismo regulatório e político, tendo a França e a Alemanha como forças comprometidas a impedir que a Facebook Libra opere na Europa.

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A jogada da rede social de Mark Zuckerberg incentivou analistas a especularem se outras grandes empresas de tecnologia, como a Apple, que possuem um leque de serviços financeiros como cartão de crédito e sistema de pagamento por telefone, também lançariam moedas digitais.

As especulações a respeito da Apple ganharam mais corpo e atenção dos analistas em setembro, quando um executivo da empresa disse à CNN Business que a Apple estava “prestando atenção” na criptomoeda. Porém, com o posicionamento de Cook nesta semana, as suspeitas parecem receber um sinal verde para baixar a guarda.

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Em declaração, o presidente-executivo reforçou a importância das moedas permanecerem na mão do Estado e ainda deu um recado para as empresas que pensam em trabalhar com este recurso financeiro. “Elegemos nossos representantes para assumirem suas responsabilidades governamentais. As empresas não são eleitas e não devem seguir nessa direção”, afirmou.

Via: Reuters