Durante a conferência ARM Techcon que acontece nesta semana em San Jose, na Califórnia, a ARM anunciou um programa que permitirá aos fabricantes produzir processadores baseados na arquitetura ARMv8-M com instruções customizadas. Com isso, segundo a empresa, os chips podem ter melhor desempenho em tarefas como IoT (Internet das Coisas), 5G e aprendizado de máquina, entre outras.

Todo processador tem um conjunto de instruções, que a grosso modo são os ‘comandos’ usados para multiplicar números, acessar a memória, comparar dados, etc. Este conjunto de instruções genéricas é o mesmo não importa para qual tarefa o processador esteja sendo utilizado, seja para controlar um modem ou fazer criptografia.

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Entretanto, é possível adicionar ao hardware instruções personalizadas, otimizadas para um tipo específico de tarefa. É esta possibilidade que a ARM passa a oferecer seus consumidores. Com isso um chip otimizado para redes neurais, por exemplo, poderia ter melhor desempenho na tarefa do que um chip comum, mesmo que operem na mesma frequência (clock) e sejam baseados na mesma arquitetura.

A arquitetura ARMv8-M é projetada para uso em sistemas embarcados, como roteadores, sistemas de realidade virtual, modems, câmeras, equipamentos especializados, etc, e é diferente da linha Cortex-A de processadores usados em smartphones, computadores, consoles de videogame e sistemas mais complexos.

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A ARM promete reduzir os custos de desenvolvimento e implementação e facilitar a vida dos desenvolvedores ao oferecer ferramentas prontas para uso com compiladores e depuradores. Tudo isso preservando o conjunto de instruções padrão da arquitetura ARM, o que manteria um grau de compatibilidade entre chips, mesmo que eles tenham sido personalizados para tarefas diferentes.

Segundo a empresa o primeiro chip que poderá ser customizado é o ARM Cortex M33, na primeira metade de 2020, sem custo adicional para quem o licenciar.

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Fonte: Android Authority