Pesquisadores norte-americanos desenvolveram uma inteligência artificial capaz de prever quando uma pessoa vai morrer, tudo isso, apenas analisando resultados de testes cardíacos. A inteligência artificial examinou por alguns meses, cerca de 1,77 milhão de resultados de eletrocardiograma de quase 400 mil pessoas para prever quem estava com maior risco de morrer no próximo ano.

A equipe utilizou duas versões de inteligência artificial. Na primeira, o algoritmo recebe dados brutos dos resultados de eletrocardiograma e na segunda uma combinação com idade e sexo do paciente. O algoritmo utilizado foi capaz de prever com precisão o risco de morte em pacientes com um resultado de eletrocardiograma considerado normal por cardiologistas.

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Mesmo após os resultados, três médicos consultados não conseguiram captar o padrão de risco que a inteligência artificial conseguiu. Essa descoberta sugere que o modelo está vendo coisas que os humanos provavelmente não podem ver, ou simplesmente ignoramos e pensamos que são normais.

Apesar dos resultados do projeto serem promissores, muitos médicos ainda estão relutantes em relação ao uso do algoritmo. A pesquisa será apresentada oficialmente no dia 16 de novembro nas sessões científicas da American Heart Association, em Dallas.