Um estudo recente do site de viagens Champion Traveler alerta para os males que a crescente indústria do turismo espacial pode causar ao meio ambiente. Estes empreendimentos, alavancados por bilionários norte-americanos, poluem o planeta com emissões carbônicas que, com apenas um lançamento de foguete, igualam o impacto de 395 voos transatlânticos só de ida.

O tráfego de foguetes ainda é baixo, mas há um enorme investimento no horizonte para aumentar o número de viagens rumo à estratosfera (e ainda além). Um dos maiores interessados nessa história é ninguém menos que Elon Musk, CEO da SpaceX. No entanto, de acordo com o Champion Traveler, é preciso atentar para o impacto ambiental desses lançamentos em grande escala.

Os pesquisadores reuniram dados para ilustrar este dilema. Conforme o estudo indica, o foguete Falcon 9, da Space X, queima mais de 112 mil quilos de querosene altamente refinado por viagem. Como 3kg de CO2 entram na atmosfera por quilo de querosene queimado, aproximadamente 336,5 mil quilos de CO2 são despejados no ar por lançamento do projétil.

Plano Marte: abortar?

Musk não pretende acelerar o transporte e o turismo espacial por acaso: ele projeta a colonização de Marte. De acordo com o CEO da SpaceX, seriam necessários cerca de mil foguetes para transportar toda a carga e tripulação necessárias para a missão marciana. Então, em hipótese, levaria cerca de 20 anos para configurar toda a infraestrutura necessária para colocar a colônia em funcionamento.

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O problema é ainda maior quando se considera que a SpaceX não está sozinha nessa corrida. A Blue Origin, a Virgin Galactic, a Nasa e outras agências espaciais emergentes também querem lançar mais foguetes para o espaço em um futuro próximo. E, se até lá não encontrarmos uma fonte alternativa de combustível, as emissões de carbono também vão aumentar bastante.

Fonte: Champion Traveler