Há cerca de um ano, a Nasa anunciou que estava selecionando nove empresas espaciais para a realização de pequenas missões científicas e de carga à superfície da Lua. Na segunda-feira (18), a agência adicionou mais cinco empresas ao seleto grupo que integrará o programa Commercial Lunar Payload Services, ou CLPS.

Muitas dessas empresas, no entanto, nunca haviam feito negócios com a Nasa antes, fato que chamou a atenção de algumas pessoas. “A expansão do grupo de empresas que podem concorrer ao envio de cargas para a superfície da lua impulsiona a inovação e reduz os custos para a Nasa e os contribuintes americanos”, afirmou Jim Bridenstine, administrador da agência de exploração espacial. 

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A SpaceX, de Elon Musk, e a Blue Origin, de Jeff Bezos, estão entre as selecionadas. A primeira ofereceu à Nasa o uso de sua espaçonave Starship e do foguete Super Heavy, enquanto a empresa do CEO da Amazon ofereceu o foguete New Glenn e o aterrissador Blue Moon, capazes de fornecer mais de 3 toneladas à superfície lunar. Algumas pessoas consideram as ofertas exageradas, pois somente a Starship teoricamente poderia chegar a entregar até 100 toneladas à superfície do satélite da Terra. 

“Este é um programa super legal, poder entregar cargas úteis na superfície da Lua para um cliente. Obviamente estamos entusiasmados com o fato da Nasa ser um cliente em potencial para nosso veículo”, disse Gwynne Shotwell, presidente da SpaceX. “O CLPS é uma excelente parte do que queremos que seja feito, a Nave Estelar“, concluiu. A executiva revelou que a SpaceX pretende pousar a Nave Estelar na superfície da lua até 2022. 

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Foto: SpaceX/Reprodução

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Entre as surpresas está a Ceres Robotics, empresa pouco conhecida na Califórnia e que está desenvolvendo pequenos veículos de sondagem lunar. Além disso, a companhia conta com Andy Aldrin, filho de Buzz Aldrin, entre seus consultores. 

Nos próximos anos, a Nasa solicitará aos membros do grupo de licitantes propostas para entrega de veículos espaciais, fontes de energia e experimentos científicos, incluindo o Volatiles Investigating Polar Exploration Rover da organização. Os contratos CLPS têm valor máximo acordado de US$ 2,6 bilhões até novembro de 2028, que serão concedidos com base na viabilidade técnica, preço e cronograma. 

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“À medida que a Nasa continua se inclinando para a frente e usando serviços comerciais para explorar a lua, queremos o maior número possível de ideias sobre a mesa”, disse Steve Clarke, vice-administrador associado de exploração na Diretoria de Missões Científicas da agência. “Estamos realmente no precipício de ver serviços que podem se expandir e florescer, não somente com a Nasa como cliente”. 

 

Via: Ars Technica