Veículos e Tecnologia

Agência dos EUA investiga incêndios nas baterias de carros elétricos

Uma investigação da NTSB (National Transportation Safety Board, agência responsável pela segurança nos transportes nos EUA) conclui que excesso de velocidade foi a causa de um acidente com um Tesla Model S, que saiu de controle em uma curva enquanto viajava a mais de 180 km/h em Fort Lauderdale, Flórida.

Entretanto, o que causou a morte do motorista e um passageiro foi o incêndio que aconteceu em seguida, resultado de danos às baterias de lítio usadas o veículo, que são altamente inflamáveis. A NTSB investiga este e outros acidentes, como parte de um estudo sobre incêndios em baterias que será lançado em 2020.

Carros elétricos usam baterias de lítio-íon, a mesma tecnologia das baterias usadas nos smartphones. E assim como nos smartphones, elas são inerentemente instáveis e propensas a incêndios intensos caso sejam amassadas, perfuradas ou superaquecidas.

No caso de Fort Lauderdale, os bombeiros relataram que o calor do fogo era “intenso”, e que mesmo após despejar entre 700 e 1.000 litros de água no veículo, a bateria ainda assim entrou em combustão mais duas vezes. Um terceiro incêndio ocorreu quando os restos do carro estavam sendo colocados em um guincho.

Isto foi o que sobrou do Tesla Model S após o incêndio. Foto: Bloomberg

Relatos de incêndios em veículos elétricos, infelizmente, não são raros. Além das chamas, equipes de resgate também estão expostas a outro risco: eletrocussão, caso os cabos que levam energia da bateria para os motores sejam danificados e entrem em contato com o chassi metálico, eletrificando-o.

Para eliminar este risco, empresas como a Bosch estão estudando meios de isolar a bateria do restante do carro em caso de colisão, usando pequenas cargas explosivas que “cortariam” os cabos de força em caso de ativação dos airbags.

Fonte: Bloomberg

Esta post foi modificado pela última vez em 20 de dezembro de 2019 18:12

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Publicado por
Rafael Rigues
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