As autoridades responsáveis pela usina nuclear de Fukushima, no Japão, estão com um problema enorme que pode ter consequências desastrosas para o planeta: quase não há mais espaço para armazenar a água contaminada pela usina.

Cerca de 170 toneladas de água radioativa são produzidas diariamente na usina nuclear de Fukushima devido à infiltração de água subterrânea desde o desastre de 2011 que causou um enorme vazamento de material contaminado. Atualmente, cerca de 1,7 milhão de litros estão sendo armazenadas em tanques de água.

Em setembro, o governo japonês disse que poderia ser ver forçado a despejar a água contaminada no oceano, explicando que a quantidade de espaço disponível para armazenamento se esgotará no final de 2022. Ao que tudo indica – infelizmente (e desesperadamente) – é mesmo o que vai ser feito segundo o jornal coreano The Hankyoreh que relata que as únicas opções para o Japão lidar com a situação são despejar a água, evaporá-la para que ela entre na atmosfera ou uma combinação das duas propostas.

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O governo japonês está tentando minimizar o impacto ambiental potencial de um lixão oceânico, referindo-se cuidadosamente à água radioativa como “processada”, de acordo com o The Hankyoreh.

O Japão anunciou recentemente que descartou outros métodos de contenção da água, como o armazenamento subterrâneo, por exemplo. Ainda segundo a publicação, os japoneses estariam atualmente inclinados por optar para um despejo no oceano; qualquer coisa para eles é melhor do que evaporar essa água na atmosfera – o que poderia causar reflexos rapidamente na população.

Ou seja, O, se não encontrar uma saída mais inteligente, o Japão está prestes a lançar 1,7 milhão de toneladas de água contaminada no Oceano Pacífico em um futuro mais próximo do que se imagina.

Fonte: Hankyoreh