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Pesquisadores dos EUA e da China encontraram tipos de vírus nunca vistos em amostras de gelo formado há 15 mil anos em uma geleira no Tibete. Recolhidas há 5 anos, as amostras foram analisadas em laboratórios e os resultados da pesquisa foram anunciados em 7 de janeiro em um artigo publicado no site biorxiv.
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O estudo de amostras de gelo antigo é algo comum, já que elas funcionam como uma “cápsula do tempo”. Na Antártica, cientistas estudam núcleos coletados a dezenas de metros de profundidade para entender, por exemplo, a composição de nossa atmosfera há milhares de anos.
Já o estudo dos vírus é mais raro, em parte por causa de seu tamanho. Seu genoma se degrada com o tempo, e qualquer contaminação externa, por menor que seja, pode acabar “ofuscando” traços de um microbioma (vírus e bactérias) antigo.
Para conduzir sua pesquisa, os cientistas tiveram de desenvolver um novo método para descontaminar as amostras de gelo antes da análise. Isso envolve raspar uma camada de 5 mm ao redor do núcleo, e lavar o restante com água e etanol. No total os cientistas encontraram amostras de 33 grupos virais, 28 dos quais são desconhecidos para a ciência.
Mas o aquecimento global e derretimento das geleiras pode prejudicar a pesquisa e trazer riscos à humanidade. Além da contaminação das camadas expostas ao ambiente, há a possibilidade de que vírus e bactérias extintos há milhares de anos na natureza, e que podem hibernar por milhares de anos, “acordem” e infectem humanos e animais.
Em 2016 o derretimento de camadas de solo permanentemente congelado (permafrost) na Sibéria levou à liberação de esporos de Anthrax, que infectaram e mataram 2 mil renas e hospitalizaram 96 pessoas.
Segundo Scott O. Rogers, autor do livro Defrosting Ancient Microbes: Emerging Genomes in a Warmer World, “os perigos armazenados no gelo são reais e, com o aumento no derretimento das geleiras em todo o mundo, os riscos da liberação de micróbios patogênicos também estão aumentando”.
Fonte: Vice