Nada estraga mais uma viagem como longas filas e atrasos nos voos. Nesta época do ano, os aeroportos estão lotados de passageiros, que desejam ter uma experiência incrível em seu momento de lazer. Somente em 2019, cerca de 1 bilhão de pessoas viajaram pelo mundo para ver seus familiares ou por conta das férias. Com esta alta demanda, gerenciar o fluxo de passageiros, malas e voos nos aeroportos é algo vital e a tecnologia pode ajudar nesta tarefa. 

Terminais aeroportuários em todo o mundo estão investindo em Internet das Coisas (IoT) para descobrir os gargalos e quais processos podem ser otimizados, com intuito de aumentar o desempenho operacional e financeiro do setor de aviação. 

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Para atingir este objetivo, combinam-se tecnologias como o Vídeo Analytics, Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquinas. Por meio delas, consegue-se extrair dados da infraestrutura de câmeras de monitoramento já existentes. 

A Lumada Video Insights, por exemplo, já está sendo adotada por companhias áreas nos Estados Unidos. Ela usa uma tecnologia semelhante ao radar para produzir um modelo 3D do aeroporto, acompanhando o movimento de viajantes, equipamentos e bagagens em tempo real. Com estes dados, é possível comparar as informações com modelos ideais, projetados anteriormente no computador. Algo que vai auxiliar a identificar problemas e melhorar a gestão do espaço. 

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Um ponto que deve ser ressaltado é a conformidade da tecnologia com as legislações de privacidade, como a brasileira LGPD e a europeia GPDR. Não há, por exemplo, a captura de identificação pessoal dos passageiros. 

Exemplos de uso para a IoT 

Entre as aplicações possíveis estão simplificar o check-in e as filas de segurança, diminuir os congestionamentos no saguão do aeroporto, gerenciar em tempo real as bagagens e até mesmo diminuir o consumo de combustível das aeronaves. 

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Ou seja, as companhias aéreas podem fornecer “alertas de fila longa”, dando ao passageiro o tempo médio de espera antes de chegar ao aeroporto. A tecnologia consegue ainda contar e monitorar o tamanho e o volume da bagagem na área de embarque, antes que os passageiros entrem no avião, algo que pode evitar atrasos.

Este monitoramento pode até reduzir o consumo de querosene, uma vez que 4,5% do gasto de combustível de aviação é atribuído a ineficiência dos terminais. Ou seja, além de aumentar a satisfação do cliente, a tecnologia diminui a pegada de carbono.

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Por fim, a otimização de todo o fluxo deve estimular o consumo dentro dos aeroportos. Com check-in mais rápidos, o passageiro consegue ficar mais tempo nas áreas comerciais dos terminais. Já os varejistas, ao analisar o trânsito nas lojas, sabem quando aumentar ou realocar funcionários, bem como identificar produtos que vendem mais, tendo um controle preditivo dos estoques.

 

E no Brasil?

 

No nosso imaginário muitas vezes  todas essas novidades parecem estar distantes da realidade brasileira, mas isso não é verdade.  As tecnologias aqui apontadas estão sendo estudadas para otimizar o tráfego nos aeroportos nacionais, que foram recentemente modernizados por conta dos grandes eventos esportivos que aconteceram no país. 

Segundo uma pesquisa publicada pela Global Passenger1, a localização da bagagem em tempo real já é uma prioridade para 53% dos passageiros e 70% das pessoas se sentem à vontade em compartilhar informações pessoais de biometria para acelerar o check-in no aeroporto. 

Estas tecnologias que ecoam lá fora vão desembarcar no Brasil, sendo adotadas por terminais nacionais ao longo desta década. Quando elas fizerem parte da nossa rotina, vamos pensar como vivíamos sem elas antes. Algo que certamente vai aumentar a eficiência e produtividade do setor aéreo e garantir aos passageiros e viajantes a melhor experiência de viagem possível.