* Por Alessandra Montini

Nos últimos meses, a Gartner lançou uma série de previsões para o mercado tecnológico em 2020. O estudo só mostra o que já estamos observando há algum tempo: à medida que a tecnologia traz expectativas variadas, a condição humana vem sendo desafiada, trazendo aprimoramentos, decisões e emoções.

Segundo a consultoria, até 2023, o número de pessoas com deficiência empregadas nas organizações triplicará devido à Inteligência Artificial e às tecnologias emergentes, reduzindo as barreiras de acesso. Ainda de acordo com o estudo, a IA influenciará mais da metade dos anúncios on-line que as pessoas veem. Para 28% dos profissionais de marketing, essa tecnologia, juntamente com o Machine Learning, vai orientar o impacto futuro do setor e 87% das organizações já estão em busca de algum nível de personalização.

As novidades não param por aí. Segundo a IDC, os investimentos do Brasil no setor de tecnologia chegarão a US$48 bilhões. Novas áreas profissionais estarão em alta, a inteligência artificial estará no auge, a tecnologia 5G será testada em nosso país e mais uma série de acontecimentos terá destaque.

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Conheça as principais tendências para o mercado de TI em 2020:

Mercado a todo vapor

O mercado está aquecido para os profissionais de TI, principalmente as carreiras ligadas à Inteligência Artificial, que estão surgindo e ficando em evidência. Um estudo da Gartner acredita que serão criados cerca de 2,3 milhões de empregos ligados a IA.

De acordo com os dados do Guia Salarial Robert Half 2020, talentos inseridos no mundo da Metodologia Ágil e que buscam conhecimentos por conta própria serão os mais requisitados para ocuparem os cargos de bussines inteligence (BI), gerente de TI, desenvolvedor, engenheiro de dados, cientista de dados, Chief Technology Office (CTO) e segurança da informação.

 

Implementação de IA no mundo dos negócios

Até o fim de 2020, uma boa parte das empresas brasileiras vai implementar Inteligência Artificial em seu modelo de negócio. Segundo a nova pesquisa global da IBM sobre a adoção da tecnologia, “Dos obstáculos à escala: a disparada global à IA” (From Roadblock to Scale: The Global Sprint to AI), os projetos com IA estão ganhando espaço nas empresas e nos negócios, à medida que as barreiras à sua adoção vão diminuindo.

Além disso, a IA se tornará parte da interface do usuário, com experiências redefinidas, onde mais de 50% dos toques serão aumentados por visão computacional, fala e linguagem natural. Prepare-se, pois essa tecnologia estará por toda parte, inclusive incorporada em vários lançamentos de aplicativos.

 

Tecnologia de 5ª geração e a Internet das Coisas

O 5G estará disponível ainda no primeiro semestre no Brasil e deve mudar os paradigmas de conectividade e abrir portas para um futuro totalmente conectado, impulsionando a Internet das Coisas. Isso porque a tecnologia faz a diferenciação dos três tipos de interações – “pessoas com pessoas”, “pessoas com máquinas” e “máquinas com máquinas”. Ou seja, oferece altíssima velocidade e confiabilidade para a conexão de pessoas, de objetos e coisas nos ambientes domésticos, urbanos, industrial, educacional, de saúde, etc., além de impulsionar o mercado. Não faltam expectativas para esse lançamento!

O blockchain muito além da criptomoeda

Apesar de estar associada ao mercado de criptomoedas, essa tecnologia vai muito além e já está revolucionando todos os segmentos. A partir do Blockchain, é possível armazenar digitalmente registros de transações em redes descentralizadas. De acordo com uma pesquisa da Deloitte, 77% dos 1.386 executivos de mais de 10 países indicaram que perderão vantagem competitiva se não adotarem essa tecnologia. Segundo a Gartner, as 10 principais organizações de notícias usarão o Blockchain para rastrear e provar a autenticidade de seu conteúdo publicado para leitores e consumidores. Além disso, até 2025, 50% das pessoas com um smartphone, mas sem uma conta bancária, usarão uma conta de criptomoeda acessível para dispositivos móveis. Ou seja, o impacto será grande por aqui!

* Alessandra Montini é diretora do LabData, da FIA

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Olhar Digital