O Parlamento Europeu aprovou, nesta quinta-feira (30), uma resolução que pede à Comissão Europeia a elaboração de regras que garantam que consumidores não sejam mais obrigados a comprar carregadores toda vez que adquirirem um novo aparelho.

A proposta é que as fabricantes de celulares adotem um padrão de entrada único compatível com vários aparelhos. A resolução também trata da padronização dos receptores de carregadores sem fio.

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A intenção dos parlamentares é reduzir a quantidade de lixo eletrônico produzido na União Europeia.

Quem não gostou nada da medida foi a Apple. A fabricante pode ser a mais afetada com a resolução, já que os carregadores dos iPhones têm uma entrada própria chamada lightning, enquanto dispositivos de smartphones Android apresentam conectores USB-C.

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Cabo carregador lighning – Foto: Bestplus

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Em comunicado, a Apple afirmou que a proposta de incorporar um mesmo tipo de conector em todos os smartphones “atrasa a inovação, em vez de incentivá-la” e a medida é “ruim para o meio-ambiente e desnecessariamente perturbadora para os clientes”.

A companhia diz também que mais de 1 bilhão de dispositivos contendo carregadores com a entrada lightining já foram despachados e que empresa está preocupada com o impacto da resolução no consumo de clientes da marca.

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“Queremos garantir que qualquer nova legislação não resultará no envio de cabos ou adaptadores externos desnecessários com cada dispositivo, nem tornará obsoletos os dispositivos e acessórios utilizados por milhões de europeus e centenas de milhões de clientes Apple em todo o mundo. Isto resultaria em um volume sem precedentes de resíduos electrônicos e em grandes inconvenientes para os utilizadores.”, diz a nota.

Esta não é a primeira vez que a Comissão Europeia discute a padronização de entradas de carregadores. Em 2009, Apple, Samsung, Huawei e Nokia assinaram um acordo voluntário para desenvolver dispositivos com padrão universal para seus novos smartphones, a partir de 2011.

O parlamento, no entanto, entende que a medida não foi suficiente.

Fonte: Reuters