Uma das razões para a enorme popularidade do futebol como esporte no mundo é sua simplicidade. Ao todo são 17 regras, que são facilmente assimiláveis e aplicáveis em qualquer campo, quadra ou rua. A não ser a regra 11: o impedimento.

O árbitro assistente de vídeo (VAR, do inglês Video Assistant Referee) veio para ajudar na tomada de decisão dos árbitros, especialmente em lances capitais. Mas na final da Copa do Mundo de Clubes de 2019, entre Flamengo e Liverpool, no Qatar, a Fifa realizou seus primeiros testes off-line de uma nova tecnologia que visa melhorar a capacidade do VAR de tomar decisões em impedimentos.

A ferramenta é um sistema de impedimento semi-automatizado que combina rastreamento de jogadores com inteligência artificial. O rastreamento é comum para análise de desempenho, que geram mapas de calor do campo. Mas com base nesses dados, a Fifa espera usar algoritmos para determinar qual jogador está mais próximo da linha de gol a qualquer momento e, em seguida, criar uma linha de impedimento virtual em tempo real.

O sistema consegue detectar o momento do passe e colocar a linha de impedimento na posição correta. Atualmente, são os árbitros que ficam no VAR que decidem qual ângulo de imagem usar para traçar a linha e detectar o impedimento da jogada. Usar inteligência artificial para fazer essa tarefa obviamente aceleraria todo o processo.

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O diretor de tecnologia e inovação do futebol da Fifa, Johannes Holzmüller, disse que os testes offline no Qatar foram “muito promissores” e que a entidade podia ver o potencial da tecnologia para ajudar a reduzir o tempo e aumentar a precisão quando os árbitros fazem chamadas de impedimento usando o VAR.

O próximo passo é testar os sistemas e melhorar a tecnologia até que esteja em um nível em que possa ser usada em partidas de futebol reais. Holzmüller diz que, durante o primeiro semestre deste ano, a Fifa testará abordagens diferentes da tecnologia, usando eventos de teste off-line e cenários em etapas para treinar os algoritmos para que eles sejam “o melhor possível, o mais preciso possível, o mais automatizado possível. “

Via: Forbes