A luta contra o coronavírus também passa pela informação. Em momentos de pânico, as pessoas tendem a acreditar em boatos e correntes infundadas de fontes pouco confiáveis, e isso é potencializado com o alcance das redes sociais e outras plataformas digitais.

Isso fez com que as empresas de tecnologia que gerenciam essas plataformas de grande alcance precisassem tomar algumas providências para evitar a disseminação de desinformação por meio de seus sistemas. Veja a seguir algumas das medidas que essas companhias estão adotando.

Amazon

A Amazon precisou lidar com um problema na loja. A empresa viu disparar o número de produtos que prometiam cura ou imunização contra o vírus, o que não existe até o momento. Como resultado, mais de 1 milhão de itens foram excluídos da loja por fazer promessas impossíveis de serem cumpridas.

Paralelamente a isso, nos Estados Unidos, a Amazon começou a receber críticas quando algum dos vendedores da plataforma começaram a aumentar descontroladamente o preço de itens como máscaras cirúrgicas e álcool em gel. A empresa também proibiu esse tipo de comportamento.

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Apple

A empresa de Tim Cook não tem sob seu controle nenhuma rede social, plataforma de vídeo ou comércio eletrônico, mas conta com um produto de grande alcance: o iPhone e sua loja de apps, a App Store.

Diante disso, a Apple começou a vetar a publicação de aplicativos em sua loja que não sejam publicados por autoridades reconhecidas de saúde pública. Desenvolvedores não ligados a essas organizações estão recebendo notificações de rejeição de seus apps, mesmo que as informações neles contidas sejam verídicas.

É uma medida rígida, claro, mas garante que quem estiver procurando por aplicativos com informações sobre prevenção e estatísticas tenham acesso a informações confiáveis sobre o assunto.

Facebook

O Facebook já recebeu muitas críticas por não fazer nem o mínimo para conter a desinformação na plataforma. No caso do coronavírus, ao menos a empresa está oferecendo um megafone para que organizações confiáveis possam transmitir a informação correta.

Mark Zuckerberg confirmou que deu à Organização Mundial da Saúde (OMS) liberdade total para usar gratuitamente a plataforma de anúncios da rede social. Nas palavras do executivo, a organização poderá publicar “quantos anúncios grátis precisar” para ampliação de alcance de mensagens de conscientização sobre o coronavírus. Da mesma forma, a empresa começou a oferecer “créditos de anúncios” para outras organizações de saúde pública pelo mundo.

Para completar, quando você usa a ferramenta de busca do Facebook para procurar por palavras relacionadas ao coronavírus, o topo da página de resultados mostra um link para autoridades locais de saúde. No caso do Brasil, há um link para o site do Ministério da Saúde.

Google

Ao contrário da Apple, o Google não tem um controle tão rígido do que é publicado no Google Play. No entanto, ainda assim a empresa tomou uma medida drástica para evitar que aplicativos com informações de procedência duvidosa tenham alcance: as buscas por algumas palavras ligadas ao coronavírus simplesmente não retornam nenhum resultado.

Ao que tudo indica, foi uma forma de conter a desinformação com sérios efeitos colaterais. Afinal de contas, a medida também dificulta acesso a aplicativos legítimos, como o lançado pelo Ministério da Saúde com informações de prevenção. No entanto, em alguns territórios, a loja de aplicativos passou a contar com uma página dedicada com aplicativos confiáveis, mas até o momento isso não vale para o Brasil.

A página de buscas do Google também tem algumas características especiais quando são buscados por termos relacionados ao coronavírus. É possível encontrar em maior destaques links diretos para as páginas da OMS que tratam sobre o assunto.

Twitter

O Twitter, assim como o Facebook, é uma plataforma em que vale tudo, o que não é muito bom para disseminação de informação confiável sobre temas graves como é o caso do coronavírus.

Por isso, quando você procura por “coronavírus” ou termos relacionados no Twitter, a plataforma orienta com grande destaque o usuário brasileiro a acessar o site do Ministério da Saúde para conferir as informações mais confiáveis e atualizadas.