Estrelas de nêutrons são um dos objetos mais estranhos no cosmos. São o “resto” de uma estrela que explodiu em uma supernova, mas que não tinha massa o suficiente para se transformar em um buraco negro. Com isso, são objetos incrivelmente densos, com uma massa muitas vezes maior que a do nosso Sol em um “corpo” muito mais compacto.

Usando uma nova técnica, astrofísicos do Instituto Albert Einstein (AEI) em Hannover, na Alemanha, parte do Instituto Max Planck para física gravitacional, chegaram a uma nova estimativa do raio de uma estrela de nêutrons “típica”, com 1,4 vezes a massa de nosso Sol: 11 quilômetros, com uma margem de erro de -0,6 a +0,9 km.

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Ou seja, uma estrela com massa equivalente a 466 mil vezes a de nosso planeta teria um diâmetro entre 20,8 a 23,8 quilômetros, menor do que muitas cidades. A nova estimativa é similar às anteriores, porém a margem de erro é a metade. Para comparação, o diâmetro de nosso Sol é de 1.392.700 km.

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Comparação entre os tamanhos de um buraco negro de massa estelar, uma estrela de nêutrons e uma cidade com 40 x 40 km. Crédito: Anynobody, CC-BY-SA 3.0

Os pesquisadores chegaram a esta estimativa analisando GW170817, produto de uma colisão entre duas outras estrelas de nêutrons a 130 milhões de anos-luz de nós, observada por mais de 70 observatórios em todo o mundo em 17 de agosto de 2017.

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Segundo o astrofísico Collin Capano, líder da equipe no AEI, “o que é notável sobre a estrelas de nêutrons é que elas são tão densas e compactas que você pode pensar nelas como um núcleo atômico único, porém do tamanho de uma cidade. Isto significa que a física subatômica se manifesta em propriedades macroscópicas da estrela, como sua massa, raio e o quão facilmente ela se deforma quando exposto a um campo gravitacional externo”.

Fonte: Gizmodo

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