O isolamento social nos principais países afetados pela epidemia do novo coronavírus mais do que dobrou o volume de mensagens de voz e chamadas de áudio no Whatsapp e no Messenger. O fenômeno foi relatado pelo CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, em conferência realizada nesta quarta-feira (18).

O gestor afirmou que a empresa vai dobrar a capacidade de seus servidores para evitar interferências ou interrupções dos serviços. A previsão, no entanto, é que essa demanda cresça ainda mais, uma vez que o número de infectados pela pandemia no mundo continua crescendo e forçando países a adotar medidas restritivas. 

“Precisamos garantir que estaremos com a maior capacidade possível, do ponto de vista de infraestrutura, para garantir que essas coisas [os serviços] parem de funcionar”, disse Zuckerberg.

Dados do mapa de monitoramento da pandemia de coronavírus da Universidade de Medicina de Johns Hopkins, nos Estados Unidos, aponta mais de 222 mil pacientes infectados pela Covid-19 em 159 países e territórios, além de 9100 mortes.

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Na conferência, Zuckerberg falou especificamente sobre a situação da Itália. Segundo ele, o volume de chamadas por voz no país corresponde ao “pico normal” da virada do ano. Os habitantes estão em quarentena total e podem sair de suas residências somente em ocasiões essenciais. A nação já registra 35 mil casos confirmados e mais de 2,9 mil óbitos. De quarta-feira (18) para quinta-feira (19), morreram 478 pacientes em decorrência da Covid-19 no país.

No Brasil, não há determinação oficial de quarenta, mas o Ministério da Saúde recomenda que empresas antecipem férias de seus funcionários e, se possível, estabeleçam regimes de trabalho remoto. Alguns municípios já decretaram medidas restritivas ao comércio. O governo do estado de São Paulo, por exemplo, determinou o fechamento de shoppings na região metropolitana da capital.

Diante dos efeitos econômicos provocados pela pandemia, o Facebook anunciou planos de investir US$ 100 milhões (R$ 520 milhões em conversão direta) para garantir auxílios financeiros a negócios locais de pelo menos 30 países. Além disso, o Whatsapp vai doar US$ 1 milhão à Rede Internacional de Verificação de Fatos (IFCN) do Instituto Poynter para combater notícias falsas a respeito do novo coronavírus. 

Fonte: Mashable