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Filmes e séries sobre o cibercrime costumam mostrar vírus e outros malwares como destrutivos e escandalosos, mas na realidade, são os mais discretos e silenciosos que têm mais sucesso. Um exemplo foi uma nova ameaça, batizada de Mandrake, que conseguiu passar anos escondida em aplicativos para Android sem ser detectada.
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Segundo os pesquisadores da Bitdefender, o Mandrake era um spyware, desenvolvido com o objetivo de roubar informações de todos os tipos do smartphone, expondo várias informações sensíveis sobre a vítima.
A ameaça estava ativa pelo menos desde 2016, e parece ter sido desenvolvida mirando usuários de Android australianos. Com o tempo, no entanto, as infecções começaram a se espalhar pelo mundo inteiro, com focos especialmente fortes nos Estados Unidos e na Europa.
Para roubar informações do usuário, o Mandrake utilizava-se de várias funções legítimas do Android, mas abusava delas para tomar controle total do usuário. A partir daí, ele conseguia coletar a localização do GPS e gravar a tela do smartphone, tudo sem expor sua atividade para gerar desconfiança, permitindo roubar dados bancários e senhas de acesso a todos os tipos de serviços de internet.
Um dos pontos importantes que fez com que o Mandrake tivesse sucesso por tanto tempo é o fato de ele estar escondido em vários aplicativos no Google Play. Os cibercriminosos chegaram ao ponto de criar múltiplos apps com funcionalidades legítimas, publicados por diferentes empresas de fachada, e mantê-los frequentemente atualizados e livres de anúncios, com o objetivo de manter suas vítimas satisfeitas com o serviço, permitindo que elas fossem espionadas por mais tempo. A loja já removeu os apps após denúncia.
Como a Bitdefender explicou ao site ZDNet, para enganar a detecção do Google Play, a infecção do celular se dava por múltiplas etapas. Quando o usuário fazia a instalação, o aplicativo estava limpo, mas dentro de pouco tempo ele contataria o servidor para baixar a parte maligna, que efetivamente traria prejuízos às vítimas. E, por ter sido baixado voluntariamente, o aplicativo pede permissões abusivas, enganando o usuário a dá-las, oferecendo controle total sobre o sistema.
Os pesquisadores não tentam precisar o número de infectados, no entanto. Segundo eles, a estimativa está entre dezenas de milhares e centenas de milhares de pessoas, o que não é um número muito alto, mas eles especulam que o baixo volume de celulares infectados é parte da estratégia para evitar detecção. Os cibercriminosos também estariam direcionando o ataque para encontrar alvos mais valiosos e evitando alguns territórios. Em países do Leste Europeu, da África e do Oriente Médio, o malware tem instruções para não funcionar, mesmo em caso de infecção.