Você tem ideia de quantos cadastros já preencheu online? Sabe quantos estabelecimentos físicos ou virtuais, públicos e privados, têm seus dados registrados? Seria capaz de ir a cada um deles para remover suas informações? É pouco provável que você tenha esse controle.

E o pior: graças a isso, a qualquer momento, suas informações podem ser expostas. Apesar das políticas de privacidade das empresas – e aqui entra qualquer estabelecimento que armazene dados, tanto de funcionários quanto de clientes e parceiros –, os vazamentos de dados têm sido, infelizmente, muito comuns. É preciso, então, saber como se proteger desses episódios.

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Aqui no Olhar Digital, divulgamos vários vazamentos de dados que ocorreram em 2019 – a maior parte das ocorrências envolvia grandes companhias e órgãos governamentais. Isso acontece porque é comum que os ambientes corporativos, seja no serviço público, seja nas empresas privadas, tenham vulnerabilidades e que elas seja exploradas por criminosos.

Essa não é, entretanto, a única possibilidade. A maior parte dos indivíduos negligencia as próprias informações e pode expô-las até espontaneamente. Quer ver? Como você trata suas senhas, por exemplo? Usa a mesma combinação para diferentes serviços? Esse é um erro muito frequente, que deve ser evitado a todo custo –se um criminoso virtual tiver acesso a esse código, pode usá-lo em diferentes ocasiões.

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Outra situação comum é o uso do phishing: por meio dele, os criminosos virtuais obtêm os dados dos indivíduos facilmente. Essa técnica usa e-mails e mensagens falsos que direcionam a websites ilegítimos, onde os dados do usuário são obtidos sem qualquer resistência.

Nessas páginas, ele é induzido a fornecer suas informações pessoais para ganhar um brinde ou comprar um produto por um preço improvável. Ou seja, uma oferta imperdível o faz oferecer suas informações voluntariamente.

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Segundo a Kaspersky, o Brasil é o líder mundial do ranking de países com mais usuários atingidos por phishing. Somente em 2019, houve 63.159.170 desses ataques por aqui – isso representa uma média de 173.038 ataques por dia.

E tem mais: quer saber outro descuido comum e que você provavelmente comete frequentemente? Pense: quando chega a locais desconhecidos, você pede a senha do Wi-Fi? A facilidade proporcionada pela internet rápida e gratuita pode ter um custo alto: a partir do momento que se entra na rede, todos os dados passam a trafegar ali.

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Além de proteger seus dados, é essencial ficar atento a como as empresas tratam suas informações. Isso porque, a partir de agosto de 2020, as companhias têm de estar preparadas para as determinações da Lei Geral de Proteção de Dados, a LGPD.

E isso significa que elas são responsáveis pelos dados dos clientes e pelo que acontece com eles. Então, quem tiver informações expostas a partir dessa data, tem o direito de ser informado pela empresa sobre o fato.

Outra fonte de vulnerabilidade em 2020 deve ser o Windows 7: como o suporte técnico ao sistema termina em janeiro, suas brechas de segurança podem ser usadas em ataques. Além disso, os cada vez mais populares serviços de streaming (como Netflix e Spotify, entre outros) devem ser alvo constante, já que a venda de senhas em mercados ilegais é um bom negócio.

Para se prevenir, avalie seu comportamento online e a forma como trata seus dados pessoais. É a partir daí que você pode identificar se está ou não mantendo-os adequadamente preservados. E lembre-se: todas as suas informações são igualmente importantes e devem ser protegidas adequadamente.