Enquanto a pandemia da Covid-19 continuar parte tão integral da vida cotidiana, o tema continuará sendo a armadilha perfeita para golpes virtuais. O Gmail, serviço de email do Google, tem acompanhado como os ataques de phishing relacionados ao coronavírus vêm evoluindo nestes últimos meses.

A empresa listou três países que têm visto grande incidência de e-mails falsos neste momento: Índia, Reino Unido e, claro, o Brasil. Os ataques levam em consideração características de cada país na hora de forjar a técnica mais eficaz.

No caso do Brasil, os cibercriminosos aproveitam-se principalmente da popularidade dos serviços de streaming de filmes e séries, que cresceram em uso com mais pessoas presas em suas casas. Por isso, e-mails falsos se passando por mensagens da Netflix são especialmente eficazes.

O golpe é simples: o email diz que as informações de pagamento do usuário estão desatualizadas e precisam ser revistas antes, senão o serviço será cortado. No entanto, se a vítima colocar os dados do cartão de crédito no link enviado na mensagem, ela só terá seus dados roubados.

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O Gmail também notou e-mails se passando pela Credicard, informa que um suposto pagamento não foi autorizado, e que o cliente precisa confirmar seus dados ou não poderá mais usar o sistema do Itaú. Para reforçar a ameaça, o email ainda diz que será adicionada uma multa caso não haja a “confirmação” dos dados, que envolve, novamente, incluir seus dados de cartão bancário em um site falso.

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Nos outros países

O Google ressalta que os golpistas estão de olho nas tendências de cada país para encontrar a forma mais eficaz de enganar suas vítimas. No Reino Unido, o ataque usa um programa do governo para apoiar pequenos negócios durante a crise, com a promessa de uma transferência monetária em nome do destinatário da mensagem.

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Também há os que se passam pelo próprio Google, dizendo que uma solicitação para exclusão de conta foi aceita, com um link para encerrar o processamento dessa ação. Novamente, o objetivo é obter informações sobre a vítima.

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Já na Índia, o Google percebeu o uso da iniciativa Aarogya Setu, que conecta a população a serviços de saúde, para transformá-la em armadilha para o cibercrime. A empresa também notou outros golpes como notificações de rastreamento de Covid-19, alertando para potenciais infecções por uma pessoa próxima, ou avisos da OMS sobre as precauções para evitar o contágio, ou mensagens se passando por fornecedores de planos de saúde.