A estratégia adotada pela Suécia para gestão da pandemia do novo coronavírus é cada vez mais contestada. Agora, com a reabertura das fronteiras internas da Europa a partir desta segunda-feira (15), o país está pagando o preço de sua criticada administração da crise sanitária. 

Seus vizinhos Dinamarca, Finlândia e Noruega abriram as suas fronteiras comuns, mas se recusam a autorizar a entrada de viajantes vindos da Suécia, onde a taxa de contaminação pela Covid-19 é superior aos países da região.

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Além do impacto que a medida pode ter no turismo, já que os suecos não poderão viajar para os países vizinhos durante a atual temporada de férias de verão, a decisão afeta diretamente os moradores das zonas fronteiriças.

Se os suecos não podem entrar nos países vizinhos, as autoridades locais tentam atrair turistas, mantendo suas fronteiras totalmente abertas para visitantes europeus. Mas, atualmente, os principais pontos turísticos de cidades, como a capital Estocolmo, continuam vazios.

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O porto em frente ao Gamla Stan, centro histórico de Estocolmo, é um bom exemplo. De onde normalmente partem 10 barcos por hora em direção às ilhas vizinhas, transportando turistas e moradores, atualmente, apenas dois barcos circulam por hora e, mesmo assim, com um terço dos lugares ocupados.

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Porto em Estocolmo, na Suécia. Foto: brightfreak/Pixabay 

Política anti-quarentena

Desde o início da pandemia, a Suécia foi um dos raros países da Europa a recusar um confinamento total da população. O país também foi o único a se manter aberto para os viajantes da União Europeia desde março, enquanto o resto do continente fechava suas fronteiras.

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Mas a estratégia de Estocolmo, que visava proteger principalmente os chamados grupos de risco e deixar o vírus circular até perder força naturalmente, mostrou seus limites: rapidamente a Suécia passou a liderar o número de mortos pelo novo coronavírus na região, registrando uma taxa de mortalidade de 48 óbitos a cada 100 mil habitantes.

Via: UOL