Só de olhar para aquele cotonete enorme, é natural ter medo do exame de detecção do novo coronavírus. Além de ser bastante desagradável para o paciente, esse processo de coleta da amostra é perigoso para o agente de saúde.

É só lembrar que qualquer estímulo no nariz aguça a vontade de espirrar. E aí, se o indivíduo estiver infectado, a chance de contaminar o profissional de saúde existe – e é grande. Uma opção para tornar o exame mais seguro é mudar a forma de coleta.

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Foi aí que a Mendelics teve a ideia de usar uma técnica diferente. A empresa desenvolveu um teste que analisa a saliva para determinar a presença do novo coronavírus – o método é chamado de RT-LAMP.

Embora a técnica não seja nova, ela ainda não era usada no Brasil. Além de mais seguro, o RT-LAMP é mais barato: David estima que cada exame vai custar R$ 95 contra os cerca de R$ 300 dos testes RT-PCR usados atualmente. E o motivo é simples: a RT-LAMP usa menos insumos e não requer conservação especial.

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Ele reforça, ainda, que a facilidade de fazer o novo teste elimina a necessidade da estrutura logística requerida pelo RT-PCR. Afinal, qualquer indivíduo pode coletar a amostra para o exame sem auxílio.

No momento atual da pandemia, o uso de testes é essencial. São eles que vão permitir controlar a evolução da disseminação do novo coronavírus em meio à reabertura da economia. Esses exames devem detectar o vírus, não os anticorpos, pois quem tem o vírus no organismo pode transmiti-lo.

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David comenta que o ideal é que todos os brasileiros passem por testes e que eles sejam constantes. Como a Mendelics não tem condição de processar todos esses exames sozinha, deixou o método disponível para que seja usado por outros laboratórios.