O estado de São Paulo registrou 434 mortes provocadas pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas. Trata-se do maior número de óbitos já notificados desde o início da pandemia. O recorde anterior era de 389 falecimentos, contabilizados na quarta-feira (17). São Paulo apresenta o total de 13.068 vítimas e 229.475 casos confirmados de Covid-19.

De acordo com o governo paulista, as estatísticas registradas na terça-feira costumam ser altas devido ao atraso do processamento de testes durante o final de semana. Os números representam o total de ocorrências notificadas em uma data específica, e não necessariamente a quantidade de óbitos ou contaminações que aconteceram no dia.

O novo recorde ocorre após o estado voltar a registrar aumento no número de ocorrências semanais. Entre os dias 7 a 13 de junho, São Paulo contabilizou 1.523 mortes por Covid-19, três a menos que no total dos sete dias anteriores. Na semana passada, de 14 a 20 de junho, foram registrados 1.913 óbitos.

O Centro de Contingência do Coronavírus defende que, apesar da alta de mortes registradas, há sinais de estabilização do desenvolvimento da pandemia no estado e o aumento do número de óbitos está previsto nas projeções do grupo para o fim de junho.

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Na última sexta-feira (19), o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de contaminados pelo novo coronavírus. Imagem: Agência Brasil

“Esse número ocorre basicamente porque o interior do estado, em sua grande maioria das regiões, está em uma curva ascendente, uma curva de crescimento de casos, isso faz que, mesmo com uma redução que a gente tenha na capital e na região metropolitana, o geral continua sendo negativo pelo que nós esperamos e desejamos, que é a redução do número de óbitos no número estadual”, afirmou João Gabbardo, coordenador-executivo do comitê, em coletiva nesta terça-feira (23)

As autoridades estimam que o estado pode alcançar o total de 18 mil óbitos provocados pelo novo coronavírus ainda neste mês. Já o número acumulado de pessoas contaminadas pode variar entre 190 mil e 265 mil.

As previsões remetem a um cenário com índice de isolamento social de 50%. Segundo o governo, até segunda-feira (22), a taxa correspondente no estado era de 46%.

João Gabbardo ainda reforçou que o aumento de casos não tem pressionado a oferta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva – UTI, um indicador fundamental para avaliar a capacidade de resposta de cidades e estados aos desdobramentos da pandemia.

“É importante destacar que isso não tem pressionado os leitos de UTI, nós continuamos com utilização entre 65% e 66% dos leitos, o que significa que temos entre 33% e 34% dos leitos disponíveis para a população, e isso é o que mais importa para quando as pessoas estiverem necessitando de atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória que nós tenhamos capacidade de atendimento com equipe, respiradores, pessoal treinado para diminuir a mortalidade dos pacientes.”, afirmou

Fonte: G1