Pesquisadores da Universidade de São Paulo de São Carlos desenvolveram um aparelho emissor de raios UV-C (Ultravioleta-C) capaz de eliminar o novo coronavírus e outros microorganismos do ar em ambientes fechados.

Segundo informações do G1, a máquina projeta um fluxo de ar próximo ao chão que movimenta as partículas de microorganismos suspensas no recinto. A corrente atravessa instrumentos que emitem raios UV-C. Essa radiação afeta o material genético dos micróbios e os elimina.

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O projeto é uma iniciativa do Grupo de Óptica do Instituto de Física e liderado pelo professor Vanderlei Bagnato. O grupo aponta que o sistema eliminou até 99,9% dos microorganismos em um único ciclo, durante experimentos. Eles afirmam ainda que o aparelho pode filtrar até 100 m³ de ar em períodos de 15 minutos.

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Sistema esterilizador criado por cientistas da USP São Carlos. Imagem: Divulgação/ IFSC-USP

A ferramenta já foi implementada em alguns ambientes do campus da USP São Carlos, inclusive em salas de aulas. O projeto ainda desenvolve adaptações do aparelho em parceria com uma empresa privada.

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Recurso antigo

A radiação ultravioleta é aplicada já há algumas décadas para esterilizar ambientes fechados. Em meio à pandemia do novo coronavírus, a iniciativa dos pesquisadores da USP São Carlos acompanha uma série de outras soluções apresentadas no Brasil e no exterior.

Na China, por exemplo, robôs de uma empresa dinamarquesa equipados com sistemas UV-C foram usados para descontaminar estabelecimentos hospitalares. A mesma tecnologia foi empregada na desinfecção de ônibus e vagões de trens em Nova York, no Estados Unidos. Em âmbito nacional, o Olhar Digital deu destaque a um robô desenvolvido pela startup mineira Sii Tecnologia.

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Robô emite luz ultravioleta para desinfectar um quarto de hospital na China. Imagem: Reprodução

Os sistemas de esterilização por raios UV-C sejam seguros, mas exigem cuidados técnicos para não provocar danos às pessoas que frequentam os estabelecimentos. Isso ocorre porque a exposição do corpo humano à radiação pode danificar células e causar câncer de pele, problemas oculares e disfunções do sistema imunológico.

Fonte: G1