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Videochamadas nunca foram tão importantes quanto nestes tempos de pandemia, como testemunha o crescimento de apps como o Zoom, Microsoft Teams e Google Meet. É graças a elas que conseguimos trabalhar, conversar com amigos e familiares ou continuar aprendendo mesmo mantendo quarentena e distanciamento social.
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Mas não muito tempo atrás, elas eram coisa de ficção cientifica. Foi só há 50 anos, em primeiro de julho de 1970, que a primeira videochamada comercial foi realizada. Peter Flaherty, então prefeito de Pittsburgh, na Pensilvânia, usou um Picturephone Mod II da AT&T para ligar para o CEO da Alcoa, John Harper. O momento foi registrado no vídeo abaixo:
O Picturephone Mod II era uma caixa dedicada para videochamadas. Segundo a Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, ele tinha uma tela de 5,5 x 5 polegadas, com imagem em preto e branco a 30 quadros por segundo. A câmera integrada tinha resolução equivalente a 0.8 Megapixels. O aparelho era produzido com exclusividade para a AT&T pela Western Electric,
Além de videochamadas, o Picturephone também poderia ser usado para compartilhar documentos (posicionando um espelhinho em frente à câmera, para mostrar uma folha de papel sobre a mesa), ou como terminal de dados, acessando computadores remotos (os mainframes) para obtenção de informações.
Um Picturephone Mod II, primeiro sistema comercial de videoconferência, lançado pela AT&T em 1970. Foto: Carnegie Mellon University
Toda essa tecnologia não era barata. Havia uma taxa de instalação de US$ 150 (R$ 5.500 em valores atuais) que incluía um aparelho e a instalação de uma linha especial para seu uso, com três pares trançados de fios: dois para o vídeo e um para o áudio. A mensalidade do serviço custava US$ 160 (cerca R$ 5.900,00 em valores atuais) e incluía 30 minutos de chamadas. Cada minuto adicional custava US$ 0,25 o minuto, cerca de R$ 9 em valores de hoje.
Funcionária monta um Picturephone na fábrica da Western Electric, em 1970. Foto: Carnegie Mellon University
Quando o serviço foi anunciado havia 38 Picturephones em uso em Pittsburgh, a primeira cidade nos EUA a receber o serviço. A AT&T esperava que em 1975 houvessem 100 mil Picturephones em uso.
Entretanto, o auge da popularidade do serviço foi em 1973, com 453 aparelhos em uso. A AT&T chegou à conclusão de que o PicturePhone era um “conceito procurando um mercado”, e encerrou a operação. Um exemplo clássico de tecnologia que estava à frente de seu tempo.
Fonte: Universidade Carnegie Mellon
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