O calendário astronômico do mês de agosto já abre com uma das muitas fases da Lua que recebem nome: a “Lua do Esturjão” acontece na noite desta segunda-feira (3), e foi assim batizada por causa do grande número do peixe de água doce, encontrado em lagos e rios na América do Norte. Nesta época do ano, de verão no Hemisfério Norte, sua captura era mais fácil.

Veja a seguir nossa lista com os principais fenômenos do mês. Vale lembrar que todos os horários e direções mencionados neste artigo tem como base um observador em Brasília, e podem variar de acordo com sua localização no país.

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6 de agosto: O foguete russo Soyuz lançará um satélite de navegação, Glonass K, a partir do cosmódromo de Plesetsk, na Rússia.

No mesmo dia está previsto o lançamento do foguete Falcon 9, da SpaceX, com o nono lote de 60 satélites operacionais para a rede Starlink, além de dois satélites de observação da Terra para o BlackSky Global. A decolagem parte do Space Launch Complex 40 na Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida, às 2h33, e será transmitida ao vivo.

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9 de agosto: A Lua minguante estará bem próxima de Marte no céu noturno. Do Brasil, o par estará visível por volta das 22h, quando atingirem uma altitude de 7 ° acima do seu horizonte leste. Eles atingirão seu ponto mais alto no céu às 04:19, 61 ° acima do horizonte norte. Eles serão perdidos ao amanhecer ao redor das 06:21, 49 ° acima do horizonte noroeste.

11 e 12 de agosto: A chuva de meteoros Perseidas está ativa desde 17 de julho e vai até 24 de agosto, mas atinge seu pico entre os dias 11 e 12. O fenômeno é resultado de pedaços do cometa Swift-Tuttle penetrando na atmosfera. Isso costuma acontecer todos os anos, justamente nesta época. Durante esse período, haverá uma chance de ver meteoros sempre que o ponto radiante – a constelação Perseu – estiver acima do horizonte, com o número de meteoros visíveis aumentando quanto maior o ponto radiante no céu.

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Do Brasil, a chuva de meteoros não será visível antes das 2h30 de cada noite, quando seu ponto radiante se elevar acima do horizonte leste. Ela permanecerá ativa até o amanhecer, por volta das 6h, que é quando o ponto radiante atinge seu ápice – ou seja, melhor momento para observação.

15 de agosto: A Lua minguante estará em conjunção com Vênus, a “estrela da manhã”, às 9h.

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17 de agosto: O foguete Arianespace Vega será lançado transportando 42 microssatélites, nano satélites e cubesats. A missão partirá do Centro Espacial da Guiana, perto de Kourou, Guiana Francesa, às 22h51.

18 de agosto: Mais uma Lua com nome: a “Lua Negra”, terceira lua nova em uma estação com quatro luas novas. A “Lua Negra” também é o nome dado à segunda Lua nova em um mês, o que não é o caso.

26 de agosto: Um foguete Delta IV Heavy da United Launch Alliance lançará um satélite espião para o Escritório Nacional de Reconhecimento dos EUA. A missão, intitulada NROL-44, decolará da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, na Flórida.

28 e 29 de agosto: A Lua crescente estará em conjunção com Júpiter no dia 28 e com Saturno no dia seguinte. Do Brasil, Lua e Júpiter ficarão visíveis no céu noturno por volta das 18h, 52° acima do horizonte leste. Eles atingirão seu ponto mais alto no céu às 20h53, 88° acima do horizonte nordeste. Saturno estará bem próximo também.

No show do dia 29, Lua e Saturno começam sua dança no céu por volta das 18h, 44° acima do horizonte leste. Eles atingirão seu ponto mais alto no céu às 21h24, 87° acima do seu horizonte norte. Eles continuarão a ser observados até cerca de 03h29, quando se põem no horizonte ocidental.

Como se orientar

Para facilitar a orientação e saber em que direção olhar, é importante identificar os principais pontos cardeais. Para isso, você pode usar um velho truque ou um app em seu celular.

O velho truque é baseado numa frase que você deve ter aprendido na escola: “o sol nasce a leste e se põe a oeste”. Fique em pé e estique os braços, com o direito apontando para o nascente, e o esquerdo para o poente. Então você terá o leste à direita, o norte à frente, o oeste à esquerda e sul atrás de você.

Reprodução

Quanto ao app, existem inúmeras opções. Quem usa um iPhone não precisa de um app extra, basta usar o “Bússola”, que é parte do iOS. Para Android minha recomendação é o “Apenas uma bússola”, da PixelProse SARL, que é bonito, simples, gratuito e, mais importante, sem anúncios.

Via: Space.com