A Huawei anunciou nesta quinta-feira (6) que ativou uma rede privada de conexão 5G em Sorocaba, interior de São Paulo, onde possui um centro de distribuição de 22 mil metros quadrados. A intenção da empresa ao disponibilizar a rede é dar suporte às operações de seu próprio time de colaboradores, visto que o 5G é privado e não pode ser utilizado por usuários externos.

Tiago Fontes, gerente de Marketing Estratégico da Huawei no Brasil, contou que, para a ativação da rede 5G privada, uma licença de espectro de 3,4 e 3,5 GHz está fornecendo a frequência necessária para que antenas indoors entreguem a conexão ao centro de distribuição. Além do 5G, o local também conta com edge computing, técnica em que o processamento acontece próximo dos usuários ou das fontes de dados para otimizar o uso dos dispositivos conectados à internet. Portanto, a conexão no local tende a ser muito rápida.

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Ainda de acordo com a Huawei, sua rede 5G privada fornece uma conexão média de 20 Mbps (megabit por segundo) e latência de 30 milissegundos entre os servidores e as aplicações que utilizam a rede.

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Conexão 5G. Imagem: Reprodução

Por ora, sete aplicações da Huawei estão utilizando a rede 5G privada para funcionar, entre as quais estão veículos automatizados guiados (AGVs, na sigla em inglês) – que transportam materiais dentro do centro de distribuição -, robôs móveis – também para fins logísticos – e sensoriamento para Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) via identificação por radiofrequência, popularmente conhecida como RFID, que funciona a partir de etiquetas de identificação automática através de sinais de rádio.

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No caso dos AGVs, até 100 veículos semelhantes podem operar simultaneamente na rede sem sobrecarregar a conexão. Os terminais RFID, por sua vez, já são 300 funcionando no centro de distribuição da Huawei, todos conectados aos 5G privado fornecido pela empresa.

Segundo os cálculos da Huawei, a implementação da rede no local foi a responsável por ganhos de eficiência de 25% para a empresa por meio da automatização de processos.

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Apesar do anúncio recente, a implementação vem ocorrendo desde outubro de 2019, quando a empresa percebeu que outras opções, como WiFi, Bluetooth e redes 4G, não suportariam o nível de serviço logístico desejado pela Huawei. 

Via: Teletime