Um estudante do Nepal criou um mapa que mostra como Marte seria se tivesse 71% de sua superfície coberta por água, como acontece na Terra. O resultado seriam duas grandes massas continentais, uma delas coroada pelo Monte Olimpo, o maior vulcão do sistema solar.

Aasitya Raj Bhattarai, estudante de engenharia civil na Universidade de Tribhuvan em Kirtipur, no Nepal, criou o mapa como parte de um projeto onde calcula “o volume de água necessário para tornar a vida em Marte sustentável e as fontes necessárias para este volume, originárias de cometas que passarão próximos a Marte nos próximos 100 anos”.

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No mapa de Bhattaraj o mar é representado em tons de azul, e o nível médio é de 1.211 metros abaixo do nível do “geóide”, uma média da superfície do oceano calculada removendo fatores como marés e correntes marítimas. Continentes começam em um tom esverdeado (com altitudes a partir de 1.211 metros), que progride para o marrom, branco e roxo, quanto maior a altitude. O topo do Monte Olimpo, que tem mais que o dobro da altura do Everest, estaria a 20.076 metros acima do nível do mar.

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Projeção de Marte com 71% da superfície coberta por oceanos. O Monte OIimpo é o ponto escuro mais à esquerda. Imagem: Aasitya Raj Bhattarai

Terra 2.0?

Terraformar Marte, transformando-o em um planeta habitável, é um dos grandes sonhos de Elon Musk. Em 2015 o bilionário propôs o uso de bombas nucleares como a forma mais fácil de aquecer os polos do planeta, causando o derretimento de milhões de toneladas de gelo e gás carbônico e alterando profundamente o clima marciano.

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O gás carbônico aumentaria a pressão da atmosfera marciana, facilitando a existência de água em estado líquido na superfície. Além disso, assim como na Terra, aumentaria a temperatura média do planeta, tornando o clima mais ameno para os organismos terrestres.

Antes disso Musk quer usar sua Starship, espaçonave atualmente em desenvolvimento pela SpaceX, para criar uma colônia em Marte com até 1 milhão de habitantes até o ano de 2050.

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Para isso, a SpaceX teria de construir 100 Starships por ano, num total de mil naves ao longo de 10 anos, e fazer três lançamentos diários, cada um transportando mais de 100 toneladas, num total de 100 mil toneladas/ano. Isso seria feito a cada vez que a Terra e Marte ficarem mais próximos, o que acontece uma vez a cada 26 meses.

Para colocar isso em perspectiva, o executivo salienta que, se considerarmos todas as naves espaciais atualmente em operação, a capacidade total de carga útil é de apenas 500 toneladas por ano – com os foguetes da série Falcon representando cerca de metade disso.

Fonte: Inverse