Os experimentos científicos não param de surpreender a humanidade. Desta vez, pesquisadores conseguiram criar o material mais fluorescente da história. O estudo foi divulgado na revista científica Cell Press.

Geralmente, os corantes fluorescentes são encontrados em estado líquido, mas se solidificam com o passar do tempo, perdendo a fluorescência e a cor inicial. Em vez de trabalharem diretamente nas moléculas fluorescentes, os pesquisadores desenvolveram um material capaz de preservar as propriedades ópticas fluorescentes.

“Esses materiais têm aplicações potenciais em qualquer tecnologia que necessite de fluorescência brilhante ou demande propriedades ópticas de design, incluindo coleta de energia solar, bioimagem e lasers”, disse o químico Amar Flood, da Universidade de Indiana.

Durante o desenvolvimento das pesquisas, o grande empecilho era combater o acoplamento de excitons (junção das moléculas) nos mais de 100 mil corantes fluorescentes desenvolvidos até o momento.

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Basicamente, os corantes fluorescentes não são previsíveis quando manuseados e tendem a perder o brilho quando solidificados. Isso porque ao entrar em contato umas com as outras, as moléculas reagem de forma espontânea e deixam de lado suas propriedades individuais.

Uso de cianostars

A saída era fazer com que as moléculas permanecessem separadas e para isso, foram usadas cianostars — solução incolor de moléculas de macrociclo — junto dos corantes fluorescentes.

Os resultados foram surpreendentes. A equipe observou que a solução criou redes de isolamento iônico, separando as moléculas umas das outras e preservando suas propriedades ópticas.

A descoberta não só abriu um leque de combinações com todos os corantes fluorescentes disponíveis, como também possibilitou uma grande diversidade de formas para os corantes: cristais, pó e até sendo incorporados em polímeros.

Com o primeiro passo dado, a expectativa agora é de que novos experimentos sejam realizados para testar as limitações do material. “Esses materiais são totalmente novos, então não sabemos quais de suas propriedades inatas vão realmente oferecer funcionalidade superior”, concluiu Flood.

Via: Science Alert