Câmeras da rede All Sky Fireball Network, da Nasa, filmaram várias “bolas de fogo” nos céus dos EUA nos últimos dias. Chamadas de bólidos, elas são decorrentes da chuva dos meteoros Perseidas, um fenômeno anual que atinge seu pico nesta semana e que pode ser visto a olho nu.

A rede tem 17 câmeras espalhadas pelos EUA, que gravam constantemente os céus em busca de meteoros mais brilhantes que o planeta Vênus. A informação é usada para compreender melhor o material que passa por nosso planeta, como restos de cometas.

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Os Perseidas são restos deixados pelo cometa Swift-Tuttle em sua órbita ao redor do sol. Nosso planeta passa anualmente por esta nuvem de “detritos”, sempre no início de agosto, o que resulta em uma chuva de meteoros particularmente intensa, que pode chegar a quase 100 meteoros por hora. O nome é devido à aparente “origem” deles para um observador na Terra, a constelação Perseus.

Os bólidos ocorrem “quando um fragmento de rocha espacial atinge a atmosfera da Terra em uma velocidade muito elevada. Devido à essa alta velocidade, o gás atmosférico na frente dessa rocha acaba aquecendo e esse aquecimento gera o brilho que a gente vê e também faz com que esse fragmento de rocha acabe se vaporizando”, explicou Marcelo Zurita, diretor técnico da Bramon, Rede Brasileira de Observação de Meteoros.

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Como observar

A chuva dos Perseidas é um espetáculo fácil de observar, que pode ser visto a olho nu. Tudo o que você precisa é estar em um local com céu limpo e, preferencialmente, escuro. Quanto menos luz artificial ao seu redor, mais fácil será ver os meteoros.

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O pico ocorre nas madrugadas dos dias 11 e 12 de agosto, e no Brasil a chuva será visível após as 2h30 de cada noite, quando seu ponto radiante (a constelação Perseus) se elevar acima do horizonte na direção leste. Ela permanecerá ativa até o amanhecer, por volta das 6h, que é quando o radiante atinge seu ápice – ou seja, o ponto mais alto no céu.

Para localizar a constelação Perseus no céu, você pode usar um app como o SkySafari (grátis para Android e iOS). Ele permite buscar por objetos (como planetas, estrelas, cometas, constelações, satélites, etc) pelo nome e tem um modo que indica exatamente para onde apontar o smartphone para vê-los.

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Infelizmente, a Lua pode atrapalhar um pouco o espetáculo. Embora em quarto minguante, durante o pico dos Perseidas ela ainda estará 50% iluminada, e seu brilho pode acabar ofuscando os meteoros menores. Em condições ideais um observador pode ver de 45 a 90 meteoros por hora durante a chuva dos Perseidas, mas segundo o site Space.com, neste ano “não chegaremos perto disso”. Ainda assim, pode ser um espetáculo interessante para quem estiver disposto a sacrificar um pouco do sono.

Fonte: Space.com
Foto de Raman deep no Pexels