O Conselho da Indústria e Tecnologia dos Estados Unidos (ITI) divulgou na última quinta-feira (6) um relatório com dados atuais sobre o crescimento do setor de tecnologia no país, com destaque para a expansão fora dos grandes polos tecnológicos, como Califórnia e Nova York.

No Alabama, as startups representam 16% dos empregos no estado. Em Vermont, as exportações de produtos de tecnologia representam 5,5% da economia, que é uma das regiões que mais geram renda no país. “Há demanda por trabalhadores qualificados, há demanda por financiamento coletivo e até mesmo por startups de alta tecnologia em vários estados do país, não apenas nos estados que possuem os polos tecnológicos” disse o presidente e CEO do ITI, Jason Oxman.

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Segundo o documento, o estado da Virgínia foi um dos que mais cresceram, com investimento de US$ 6 bilhões em pesquisa e tecnologia, e 34,4% dos trabalhadores da região empregados em empresas da área.

Empresas de tecnologia norte americanas estão cada vez mais comuns fora dos centros tradicionais, como o Vale do Silício e Nova York. Créditos: Wikimedia Commons/Reprodução.

Impacto da pandemia

Apesar do avanço das empresas de tecnologia nos Estados Unidos, ainda existem regiões do país que estão em busca de crescimento no segmento. Neste sentido, a pandemia da Covid-19 é um grande obstáculo. O avanço da doença está atrapalhando o progresso tecnológico em alguns estados. 

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Um exemplo é a região de Heartland (no centro do país), que está muito atrás dos mercados costeiros, quando se trata de atrair startups. Os dados mostram uma forte correlação a nível estadual entre o emprego em vagas de computação, matemática, ciências e engenharia na região.

Isso indica que há mão de obra qualificada, o que segundo o próprio relatório, impacta salários, tornando a região mais atraente para trabalhadores menos qualificados. O resultado é o baixo crescimento de empresas de tecnologia na região. 

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Entretanto, a economia tecnológica não é uma proposta única de crescimento em todas as regiões do país segundo o CEO da ITI. “É realmente importante para os estados se concentrarem naquilo que fazem de melhor, e não se concentrarem a ser a próxima São Francisco” concluiu Oxman. 

Fonte: Axios