A disponibilização do auxílio emergencial de R$ 600 injetou aproximadamente R$ 20 bilhões no comércio brasileiro em compras por pagamento digital por meio do aplicativo Caixa Tem.

De acordo com informações da Caixa Econômica Federal, desde a viabilização do benefício, R$ 16,4 bilhões foram gastos por meio de débito virtual e R$ 3,5 bilhões por QR code.

A Caixa explica, inclusive, que apenas no dia 31 de julho foram gastos R$ 444,3 milhões em compras virtuais em mais de 3 milhões de estabelecimentos.

Além de fomentar o comércio, o benefício criado pelo Congresso Nacional a fim de combater os impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus, já teve adesão de mais de 66,2 milhões de brasileiros, bem como possibilitou uma maior adesão de meios de pagamentos digitais.

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Na última sexta-feira (14) foi divulgada uma recente pesquisa do Datafolha em que 53% dos beneficiários do auxílio afirmam usá-lo com alimentação. A pesquisa mostra também que as demais prioridades são pagar contas (25%) e custear despesas domésticas (16%).

O instituto de pesquisa também constatou que o auxílio emergencial é a única fonte de renda de 44% dos que recebem ao menos uma parcela do benefício.

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De acordo com a Caixa Econômica Federal, R$ 16,4 bilhões foram gastos por meio de débito virtual e R$ 3,5 bilhões por QR code. Créditos: iStock.

A notícia foi comemorada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que destacou a redução pela metade das perdas previstas no setor em razão da pandemia. De acordo com um estudo da federação, as estimativas foram reduzidas de -13,8% para -6,7%.

O levantamento mostra também que supermercados e farmácias foram os setores mais beneficiados. Dos R$ 210 bilhões previstos para as cinco parcelas do benefício, 79% vão para o varejo, o que equivale a aproximadamente R$ 170 bilhões na compra de produtos essenciais.

“O auxílio tem uma dimensão extraordinária, praticamente R$ 210 bilhões estimados para cinco parcelas, que representam quase 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Injetar 3% do PIB em cinco meses, obviamente altera as circunstâncias da conjuntura econômica”, descreve o assessor econômico da FecomercioSP, Altamiro Carvalho.

Via: R7