O governo dos Estados Unidos ampliou as sanções contra a Huawei, segundo anunciou feito nesta segunda-feira (17). Agora, além da gigante chinesa de tecnologia, outras 38 filiais da empresa ao redor do mundo também serão alvos de medidas restritivas, impedindo seu acesso a chips ou outras tecnologias dos EUA.

Em nota assinada pelo secretário do Comércio, Wilbur Ross, e divulgada pelo Departamento de Estado, a decisão foi justificada porque a Huawei “ampliou seus esforços para obter semicondutores avançados ou produtos com programas e tecnologias norte-americanas para atingir os objetivos políticos do Partido Comunista Chinês”.

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Pouco depois do anúncio, o presidente Donald Trump acusou novamente a Huawei de espionagem, em entrevista ao canal de televisão Fox News. “Eles nos espiam. Não queremos a sua tecnologia”, afirmou o republicano, sem apresentar evidências de suas afirmações.

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Briga entre os EUA e a Huawei se estende do campo econômico para o político e diplomático. Imagem: Reprodução

A mídia dos EUA também chamou atenção para outro problema da companhia chinesa no país: o acesso de seus celulares aos serviços do Google. No dia 13 de agosto, expirou a licença temporária que permitia que empresas norte-americanas fornecessem serviços destinados aos produtos da Huawei comercializados antes de maio de 2019. A permissão não foi renovada pelos norte-americanos.

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A gigante chinesa é um alvo constante das ações de restrição do governo Trump contra a China, que se estendem do campo econômico para o político e o diplomático. Nos últimos meses, os EUA aplicaram diversas sanções contra os chineses devido à crise humanitária em Xinjiang, com a minoria étnica uigur, pelo adiamento das eleições e implementação da lei de segurança nacional em Hong Kong, assim como por uma suposta interferência no Tibete.

Além disso, o governo norte-americano ordenou o fechamento do consulado chinês em Houston, Texas, no dia 22 de julho. Apenas dois dias depois, o governo chinês respondeu a maior parte das ações com a mesma moeda, fechando também um consulado dos EUA em Chengdu, na província de Sichuan.

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Via: Época Negócios