Autoridades do Egito descobriram no deserto de Sacará uma tumba incomum que continha 13 caixões de madeira com 2.500 anos. No entanto, o que mais chamou a atenção foi o estado de preservação dos itens. Apesar de estarem enterrados há muito tempo, eles estavam intactos e ainda lacrados.
Os caixões foram encontrados a 11 metros de profundidade, empilhados uns sobre os outros. Alguns deles estavam até com as cores originais que foram pintadas quando lacrados e enterrados. Além disso, dentro do local, foram encontrados três nichos fechados. Especialistas afirmam que é provável que haja mais caixões para serem descobertos nesses locais.
Acredita-se que Sacará tenha servido como necrópole de Memphis, que já foi capital do antigo Egito. Por isso, durante três mil anos, os egípcios enterraram seus mortos lá, fazendo com que o local se tornasse bastante visado por arqueólogos.
O que mais chamou a atenção foi o estado de preservação dos itens. Foto: Ministério das Antiguidades do Egito
Os especialistas indicam que os caixões encontrados eram de pessoas da classe média ou trabalhadora. Isso porque não foram avistados itens preciosos que indicassem a presença de integrantes da nobreza.
As identificações das pessoas enterradas nos caixões ainda não foram descobertas, mas, com a continuidade das escavações no local, pode ser que essa informação seja encontrada em algum momento – assim como o número total de indivíduos presentes.
Agora, o próximo passo, de acordo com o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, é lançar uma série de vídeos promocionais sobre a descoberta. O primeiro deles já está no ar.
شعور لا يقارن كلما تشهد كشÙ اثري جديد،
انتظروا الاعلان عن كشÙ اثري جديد بسقارة، شكرا لزملائي بالوزارة.
An indescribable feeling when you witness a new archeological discovery.
Stay tuned for the announcement of a new discovery in Saqqara
Thank you to my colleagues in the ministry pic.twitter.com/RpgK6TmREo— Khaled El-Enany (@KhaledElEnany6) September 6, 2020
Recentemente, o Egito reabriu o turismo cultural a museus e sítios arqueológicos, então provavelmente terão mais anúncios sobre a descoberta nas próximas semanas. Essa é uma estratégia do governo egípcio para tentar renovar o interesse turístico em visitar antiguidades.
Arqueólogos do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito encontraram 83 sepulturas da antiguidade. Essa seria uma descoberta comum, se não houvesse um fato inusitado: os corpos não foram enterrados em sarcófagos ou caixões de madeira, como era o costume por lá, mas sim em caixões de barro.
Do total de descobertas, 80 delas são da ‘Civilização de Buto’, também conhecida como Baixo Egito, e datam da primeira metade do quarto milênio antes de Cristo. De acordo com o Ministério das Antiguidades do Egito, a descoberta foi feita na província de Dakahlia, no norte do Egito.
As outras três sepulturas foram identificadas como pertencentes ao período Naqada III, que durou de 3.200 a.C. a 3.000 a.C. Mostafa al-Waziry, secretário-geral do Supremo Conselho de Antiguidades, disse que é incomum encontrar caixões de argila de Naqada III.
Mesmo para os padrões egípcios, a cultura Naqada é bastante antiga, datando do Egito pré-dinástico. Os arqueólogos acreditam que esse povo, de um período anterior ao dos faraós e das pirâmides, podem ter desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento do antigo Egito.
Essas três sepulturas possuem uma grande quantidade de artefatos que foram enterrados juntos. Até o momento, as escavadeiras encontraram itens feitos com cerâmica artesanal, conchas de ostra, uma tigela em forma de peixe e outros dois recipientes de Kohl, um cosmético que os egípcios usavam para pintar ao redor dos olhos. Novas sepulturas devem ser encontradas em breve próximo a esse local, segundo estimativa do secretário-geral.
Via: Science Alert
Esta post foi modificado pela última vez em 8 de setembro de 2020 16:15