Dois asteroides passaram “raspando” (em termos astronômicos) pela Terra no último sábado. Mas apesar da proximidade as rochas, consideradas de pequeno porte pelos astrônomos, não representaram ameaça à nossa civilização.

O primeiro foi o 2020 RF3, “do tamanho de um ônibus”, que passou por nós às 03h49 (horário de Brasília) a uma distância de 94 mil km. Poucas horas depois, às 17h33 (horário de Brasília) foi a vez do 2020 RD4, que tem “o tamanho de um carro” e passou a 106 mil km de nosso planeta. Esta passagem foi transmitida via internet pelo projeto Virtual Telescope.

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Sem perigo

Apesar da proximidade, cerca de ¼ da distância entre a Terra e a Lua (que é de 385 mil km em média), nenhum dos asteroides tinha risco de impacto com nosso planeta. Mesmo que houvesse risco, eventuais danos seriam pequenos: devido ao tamanho, a maior parte das rochas se desintegraria durante a entrada em nossa atmosfera.

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Objetos a menos de 1,3 Unidades Astronômicas (AU) do Sol são classificados como NEOs, ou “Near Earth Objects” (Objetos próximos da Terra), sendo 1 AU a distância entre a Terra e o Sol. Objetos com tamanho estimado em mais de 140 metros cuja órbita cruza a da Terra são chamados de PHOs (Potentially Hazardous Objects, ou “Objetos Potencialmente Perigosos”), não importa a probabilidade de impacto com nosso planeta, e colocados sob vigilância constante. Não era o caso do 2020 RF3 e 2020 RD4.

Em maio um outro asteroide, chamado 2020 HS7, passou ainda mais perto, a 36 mil km, mesma distância entre a Terra e alguns satélites em órbita geoestacionária. Com um agravante: ele foi descoberto apenas um dia antes de sua aproximação, com uma trajetória que sugeria 10% de probabilidade de impacto.