Uma tecnologia capaz de devolver liberdade, autonomia e autoestima. AAhh siimm ela existe! Se é praticamente impossível imaginar o trauma psicológico de quem sofreu uma amputação, dá pra ver o brilho nos olhos e a satisfação de quem recuperou a independência.

Em um acidente elétrico, o Sérgio perdeu parte dos dois braços há mais de 26 anos. Mas hoje, com próteses eletrônicas de última geração, ele praticamente não tem mais qualquer privação de movimento. Não depende de ninguém para nada. Ele abre portas, faz seu próprio café, trabalha normalmente no computador, dirige com segurança…faz tudo!

O que transformou a vida do Sérgio foi esta mão biônica. Uma arte da tecnologia que tenta imitar o órgão humano quase que com perfeição. Com sensores sobre a pele, a prótese captura o impulso elétrico da contração da musculatura, interpreta a intenção do usuário e processa o movimento imediatamente na mão robótica.

Com motores individuais em cada dedo, a mão biônica faz até 14 movimentos diferentes. Os processadores internos são poderosos e conseguem reproduzir exatamente o que o usuário deseja; seja através de um estímulo mais forte, mais fraco e também mais rápido ou mais lento. Isso permite que o Sérgio possa, por exemplo, carregar uma mala de até 45 quilos ou, com delicadeza, segurar um copo plástico como este. É mesmo o professor biônico…

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Como toda tecnologia, a evolução das próteses é rápida e constante. A última novidade é a utilização de plataformas de Inteligência Artificial embarcadas nos membros eletrônicos. Aí, além de capturar o sinal elétrico do músculo para executar o movimento, a prótese vai ser capaz de aprender um padrão de movimento e assim se tornar mais versátil, personalizada e ainda mais parecida com o órgão humano.

Para os membros inferiores, o que há de mais moderno é este joelho eletrônico. A Claire é atriz e está usando a nova prótese há poucos meses. Não precisou de muito para ela perceber e, comemorar, como uma dose a mais de tecnologia pode transformar sua vida. Hoje ela não só caminha sem medo como também pratica esportes normalmente. Total autonomia…

Além de ser à prova d’água, toda feita em titânio, alumínio e aço inoxidável, o joelho eletrônico tem o maior nível de tecnologia embarcada de uma prótese atual. São muitos sensores trabalhando ao mesmo tempo: giroscópios, acelerômetros, sensores de ângulos, de pressão, de torsão… O membro eletrônico possui até controle dinâmico de estabilidade e se adapta de forma inteligente ao tipo de calçado usado.

Com a nova prótese, a Claire consegue caminhar devagarzinho, correr, subir escadas, atravessar obstáculos, parar em uma rampa inclinada… Tudo de forma natural e segura. Com o modo “walk to run”, por exemplo, a intenção de andar para começar a correr é identificada pelo joelho eletrônico em questão de milésimos de segundo e a articulação reage para se adequar ao movimento.

As próteses eletrônicas são ajustadas através do computador em pequenos detalhes para cada pessoa; ajustes de peso, altura, força do estímulo… O preço de peças cheias de tecnologia como esta se equiparam a um carro de luxo, mas para quem recupera a vida, não tem preço. E mais: apesar de todo avanço e tantas funções, não é todo indivíduo que precisa usar a prótese mais moderna e cheia de recursos. É similar a um smartphone. Para quê ter o aparelho mais potente e caro do mercado se o seu uso é básico? Com as próteses, o conceito é mais ou menos o mesmo…