Desde agosto, a Nasa investiga a origem de um vazamento de ar incomum na Estação Espacial Internacional (ISS). Nesta terça-feira (29), a agência norte-americana afirmou que análises indicaram que a fonte do problema está no compartimento de trabalho do módulo Zvezda, administrado pela organização espacial russa Roscosmos. O local exato da origem do vazamento, no entanto, ainda não foi identificado.

A Nasa e a Roscosmos garantem que a situação não oferece riscos aos tripulantes e à estrutura do laboratório orbital. O atual comandante da ISS e astronauta da agência americana, Chris Caddisy, e os cosmonautas Anatoly Ivanishin e Ivan Vagner, ocuparam a cabine espacial russa entre os dias 25 e 28 de setembro para investigar o impasse.

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Os agentes fecharam todas as escotilhas do compartimento e usaram um detector de vazamentos ultrassônico para coletar dados de diferentes locais da Zvezda durante a noite. Os sinais de vazamentos identificados foram atribuídos a mudanças temporárias de temperatura a bordo da estação, e não houve alterações na taxa geral de escape.

Após a conclusão das análises, a tripulação reabriu as escotilhas e retomou as atividades regulares no complexo espacial. Pelo Twitter, a Roscosmos também confirmou os resultados das investigações.

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“Após uma análise completa e busca do vazamento de ar na Estação Espacial Internacional, o vazamento foi localizado no Módulo de Serviços Zvezda, que contém equipamentos científicos.”, disse a agência, na rede social.

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Problema antigo

Vazamentos de ar nas cabines da ISS são comuns. Para garantir as condições apropriadas, a Nasa e outras agências espaciais realizam procedimentos de pressurização de rotina. Em setembro de 2019, no entanto, foram identificados os primeiro indícios de uma variação de vazamentos fora dos padrões.

A Nasa declarou, em agosto, que as atividades de rotina do laboratório impediram a coleta de dados suficientes sobre o problema, anteriormente. A agência, porém, decidiu investigar o impasse, após ter identificado indicativos de que o vazamento de ar está aumentando gradualmente.

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Desde então, os astronautas da ISS já conduziram investigações nos segmentos norte-americano, europeu, da agência espacial japonesa JAXA, e agora no compartimento da Roscosmos.

Reprodução

No fim de outubro, a SpaceX vai enviar quatro astronautas à Estação Espacial Internacional a bordo da cápsula Crew Dragon. Imagem: SpaceX

Lançamentos programados

Apesar disso, a rotina da estação espacial internacional será agitada nos próximos dias.
Nesta quinta-feira (31), a companhia norte-americana Northrop Grumman espera promover o lançamento da espaçonave de carga Cygnus, com o intuito de transportar suprimentos até o laboratório. O veículo vai decolar da base da Nasa de Wallops, no estado de Virgínia, nos Estados Unidos, com previsão de chegada à ISS no dia 4 de outubro.

A base orbital ainda receberá mais uma visita da espaçonave russa Soyuz. Uma missão programa para o dia 14 de outubro vai levar os cosmonautas Sergey Ryzhikov e Sergey Kud-Sverchkov e a astronauta Kate Rubens, da Nasa, até o complexo espacial. No dia 21 do mesmo mês, a Soyuz vai deixar a ISS e trazer Cadissy, Vagner e Ivanishin de volta à Terra.

Já em 31 de outubro, será a vez da SpaceX realizar a primeira operação do programa comercial de missões tripuladas (Commercial Crew Program) da Nasa. A Crew-1 pretende transportar os astronautas a agência norte-americana Michael Hopkins, Victor Glover e Shannon Walker, e o agente da JAXA Soichi Noguchi, até a Estação Espacial Internacional a bordo da cápsula Crew Dragon.

Via: Nasa