O mundo atingiu mais uma marca triste relacionada à Covid-19. O planeta superou a marca de 1 milhão de mortes pela doença, que começou a ganhar tração no fim de 2019 na China e passou a ser um transtorno para o resto do mundo a partir de fevereiro e março.

De lá para cá, a pandemia já passou por diferentes momentos. Em março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) chegou a declarar a Europa como o epicentro da Covid-19, após crises muito agudas em países como Itália e Espanha, além de Reino Unido e França.

Posteriormente, as Américas tomaram esse posto, primeiro com um grande surto concentrado em Nova York, nos Estados Unidos. O vírus foi controlado na região, mas logo outras regiões começaram a ver um aumento no número de casos e óbitos. Na sequência, o Brasil passou a ser profundamente atingido, formando com os EUA a dupla de países que nunca saíram da primeira onda da Covid-19. Os dois países concentram 35% das mortes ligadas ao coronavírus no planeta, mesmo com apenas 7% da população global.

Outros países começaram a ser atingidos mais severamente. Argentina, Bolívia, Chile, Equador e México, poupados dos avanços iniciais do coronavírus, passaram a enfrentar surtos mais graves da doença e, em termos proporcionais, nenhum país no mundo vive uma crise tão forte quanto o Peru entre nações com mais de 1 milhão de habitantes, que já se aproxima de 1.000 mortes por milhão.

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Agora que a Covid-19 começa a dar algum sossego no Brasil, com uma curva consistente de declínio nas mortes diárias, a Europa parece se preparar para uma segunda onda na região, atribuída principalmente ao relaxamento das medidas de proteção durante o verão, permitindo maior circulação entre os países do continente. A Espanha já registra mais casos novos por dia do que registrou durante a primeira onda; França, Reino Unido, Alemanha também se preparam para novos surtos.

Há uma diferença fundamental nessa nova onda do coronavírus na Europa, no entanto. Apesar do grande número de casos novos detectados, óbitos não são registrados no mesmo ritmo da primeira onda. As autoridades atribuem essa discrepância ao aumento na capacidade de testagem. Em março, poucos países estavam preparados para diagnosticar casos corretamente, o que fez com que a maior parte dos casos encontrados fossem de pessoas em estado grave, que procuravam atendimento em hospitais, fazendo com que a letalidade conhecida fosse altíssima, já que casos leves e assintomáticos eram ignorados.

E se a Europa já se prepara para um segundo surto, o vírus parece ter voltado com força para a região da Ásia, mas dessa vez atingindo o outro gigante do continente: a Índia. O país já é visto como o novo epicentro da Covid-19, registrando mais de 6 milhões de casos e superando 70 ml casos por dia, com mais de 96 mil mortes confirmadas até o momento.

O mundo como um todo parece passar por um momento de estabilidade nos óbitos. A média móvel de 7 dias mostra que o mundo tem 5.318 mortes por dia. O momento mais grave, no entanto, foi em meados de abril, quando a média chegou a mais de 7.400 óbitos diários. No entanto, os casos confirmados ainda estão em franco crescimento, com uma média móvel de 292.903 casos novos por dia.

Reprodução

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Enquanto não há um medicamento específico capaz de combater a Covid-19, o mundo deposita suas esperanças de controlar o coronavírus nas vacinas. As pesquisas estão progredindo em um ritmo recorde, com 10 pesquisas na fase final de testes antes da aprovação. É possível que algumas delas se mostrem seguras e eficazes ainda antes do fim do ano, permitindo o início de campanhas mais amplas de vacinação.