O Google revelou nesta quarta-feira (30) dois novos celulares que não eram mais segredo para ninguém, mantendo a tradição de muitos vazamentos antes de eventos. A empresa revelou o seu novo top de linha, o Pixel 5, junto de uma nova variação do Pixel 4a, com suporte às redes de internet 5G.

O destaque fica por conta do Pixel 5, que difere um pouco da estratégia adotada pela empresa nos anos anteriores. O aparelho conta com um chipset mais modesto em vez de apostar nas configurações máximas para o momento como se fazia até o ano passado. O chip Snapdragon 765G, usado no aparelho, é compatível com um smartphone intermediário-premium, não com um top de linha que vá competir com dispositivos como o Galaxy Note 20 Ultra ou um iPhone 12.

A vantagem de não competir diretamente contra esses aparelhos é óbvia. No passado, o Pixel ficava espremido entre marcas mais consolidadas nas faixas de preço mais altas. Agora, a empresa mira uma faixa de preço mais acessível e espera ter diferenciais o suficiente para se consolidar como a melhor opção entre modelos mais baratos. O aparelho tem preço sugerido de US$ 700.

Além do processador intermediário, o Pixel 5 conta com 8 GB de memória RAM e 128 GB de armazenamento interno. Completando o pacote, há uma tela OLED de 6 polegadas com resolução 2340×1080, com suporte a taxa de atualização de até 90 Hz. A bateria é de 4.080 mAh, com um carregador rápido de 18 Watts. O aparelho tem suporte a recarga sem fio e também pode carregar outros dispositivos, como um par de fones de ouvido.

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Depois de abandonar o recurso no Pixel 4, o Google voltou a oferecer o leitor de impressões digitais capacitivo na traseira do aparelho. A empresa optou por manter a configuração de câmera dupla na traseira, mas em vez de apostar em uma lente secundária teleobjetiva, optou por uma grande-angular, vinculada a um sensor de 16 megapixels. Já o sensor principal segue os 12,2 megapixels que se popularizaram na câmera dos modelos anteriores.

A questão das câmeras é interessante porque no ano passado, o Google reforçou que acreditava que uma lente teleobjetiva seria mais importante para os usuários do que uma grande-angular, mas parece ter mudado de ideia. A empresa recebeu muitas críticas pela opção tanto da imprensa quanto de consumidores.

Finalizando o hardware das câmeras, está uma lente para selfies na parte frontal do aparelho, com um sensor de 8 megapixels. Como a tela cobre praticamente toda a superfície da frente do Pixel 5, a empresa optou por um furo no canto superior esquerdo do display.

O Google destaca alguns recursos de software do Pixel. Uma das novidades é que agora o modo de visão noturna do celular, que costuma trazer alguns resultados interessantes mesmo com baixíssima luminosidade, está integrado ao modo retrato, que permite desfocar o plano de fundo e obter um efeito bokeh. A empresa também destaca alguns efeitos de zoom, como o Cinematic Pan, que permite aproximar de objetos lentamente, inspirado em um efeito típico do cinema, e o Super Res Zoom, que promete aumentar ou reduzir zoom sem grande perda de qualidade, mesmo com a perda da lente teleobjetiva, graças a recursos de software.

Pixel 4a 5G

Para confundir um pouco mais seu line-up para 2020, o Google revelou, junto do Pixel 5, o Pixel 4a 5G, que é basicamente uma mistura do 4a com o 5, ficando no meio do caminho entre os dois modelos.

O modelo conta com algumas configurações em comum com o Pixel 5. Entre as similaridades estão o processador e as câmeras, mas com a diferença de ter apenas 6 GB de memória RAM, uma tela de 6,2 polegadas mais simples com taxa de atualização de apenas 60 Hz, mas mantendo a resolução de 2340×1080. A bateria também é mais modesta, com apenas 3.885 mAh.

O aparelho chega aos Estados Unidos pelo preço sugerido de US$ 500, o que faz dele US$ 150 mais caro que o Pixel 4a sem suporte ao 5G.